Crivella diz que viagem para Europa não foi para "festa do guardanapo"

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 19/02/2018

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse nesta segunda (19) que sua viagem à Europa durante ao Carnaval não teve como objetivo "participar da festa do guardanapo", em referência às fotos que mostraram o ex-governador Sergio Cabral e secretários dançando com guardanapos na cabeça em um restaurante em Paris.

Crivella passou a semana passada em viagem e foi criticado por estar fora do Rio durante o carnaval e o temporal da última quinta (15), que matou quatro pessoas e provocou grandes transtornos na cidade.

"[A viagem] era a serviço do Rio de Janeiro. Fui sem ganhar hora extra, fui mesmo em sacrifício pessoal. Eu não fui para a festa do guardanapo", disse ele, em entrevista durante vistoria a obras de contenção na praia da Macumba, zona oeste da cidade.

As imagens da "festa do guardanapo" vieram à tona em 2012 e mostram Cabral e auxiliares no governo, alguns deles também presos pela Operação Lava Jato, se divertindo em um restaurante com guardanapos amarrados na cabeça.

No sábado, em entrevista à Globonews, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) -que era do governo Cabral- chegou a comentar que, se fosse prefeito, não iria à Europa durante o Carnaval.

Questionado se era uma referência a Crivella, o governador amenizou e disse que não julgaria o prefeito. Pezão também estava fora da cidade: ele passou o Carnaval em Piraí, a cerca de 90 quilômetros do Rio.

Crivella diz que foi à Europa avaliar tecnologias para a área de segurança. O roteiro incluiu Alemanha, Áustria e Suécia. A viagem custou cerca de R$ 130 mil aos cofres da prefeitura.

"O prefeito não está lavando as mãos, não está virando as costas. Para mim, seria muito mais fácil ficar aqui com minha família", defendeu.

O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que vai investigar os gastos da prefeitura com a viagem.

Na comitiva do prefeito, estavam o chefe de inteligência da Policia Militar, coronel Antônio Goulart, o chefe executivo do Centro de Operações Rio, Guilherme Sangineto, o diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática, Fábio Pimentel de Carvalho e o engenheiro Luis La Torre.