Três jovens são mortos por encapuzados na Brasilândia

Autor: Da Redação,
sábado, 10/02/2018

FABIO PAGOTTO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Três homens foram mortos a tiros no final da madrugada deste sábado (10), na praça Jequié, no Jardim Maracanã, na região da Brasilândia, na zona norte de SP, por homens que desceram de um Fiat Siena prata e anunciaram um acerto de contas, de acordo com testemunhas.

Segundo os relatos, Deivid Vinicius Barros, Luiz Gustavo de Oliveira, ambos de 20 anos, e Leonardo Guilherme Garcia Svessia,19, es-

tavam na praça bebendo com amigos quando três homens armados desceram do Siena, colocaram capuzes e anunciaram que haveria um

acerto de contas, disparando contra os rapazes. De acordo com moradores do entorno da praça, foram ao menos dez disparos. Um morador chegou a mostrar à reportagem uma cápsula deflagrada de munição calibre .380, recolhida, segundo ele, no local do crime.

De acordo com as testemunhas, nenhum dos rapazes estava envolvido com atividades criminosas, e apenas Svessia estava desempregado. “Até onde eu saiba, nenhum deles estava fazendo coisa errada. Eram trabalhadores, eu os conhecia desde meninos”, disse um homem de 30 anos que estava na praça quando ocorreu a execução. Ele disse ainda que a praça é um ponto de encontro do bairro. A Secretaria de Segurança Pública não confirmou se as vítimas tinham passagens pela polícia.

Oliveira e Barros morreram no local e Svessia foi socorrido ao PS Cachoeirinha, mas não resistiu aos ferimentos. Os três foram baleados na cabeça. O caso foi registrado como homicídio no 72º DP (Vila Penteado), e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

TESTEMUNHA FALA EM EXECUÇÃO

Segundo testemunhas que estavam bebendo junto com os três rapazes mortos a tiros, o crime foi uma execução. “Eles vieram em um Siena prata com filme bem escuro nos vidros. Foi muito rápido. Desceram três homens, colocaram capuzes e apontaram as pistolas para os caras. Aí disseram que aquilo era um acerto de contas. Ouvi bem claramente”, disse uma testemunha de 42 anos que estava na praça quando ocorreu a chacina. “Um dos meninos tentou correr, mas o assassino era bom de tiro e o acertou na cabeça. Ele caiu no asfalto”, relatou.