Juliano Cazarré diz tornou rebeldia 'mais inteligente' com o tempo

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 08/02/2018

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Intérprete do garimpeiro Mariano em "O Outro Lado do Paraíso", Juliano Cazarré, 37, acredita que é hora do mundo do entretenimento equilibrar melhor as relações entre masculino e feminino. Em entrevista à revista "GQ", o ator também falou sobre o lugar da rebeldia hoje em sua vida.

"Com o tempo essa rebeldia vai ficando mais inteligente, mais profunda e menos pueril. Quando a gente é jovem, tem a nudez, o palavrão, o enfrentamento, mas aí fica mais velho e a rebeldia é contra coisas mais graves. Com tanto Trump, Kim Jong-un, merda no Brasil e no mundo, não dá para perder tempo com o que é supérfluo."

Na pele do personagem "machão", porém doce e apaixonado, Cazarré fala sobre a necessidade de um mundo mais sensível e mostra que, tanto na atuação como em sua vida pessoal, é possível desenvolver o equilíbrio exato entre virilidade e a feminilidade.

"Acho que esse é o novo estereótipo do homem nas tramas. Aquele machão sem sentimentos não existe e não há mais interesse em cultivar esse personagem. Na atuação contemporânea, o homem é quase sempre representado com um ser cansado, fraco, débil. Isso não é uma reclamação. O homem está mesmo cansado, mas ele está se permitindo chorar, quebrar, pedir ajuda", analisa.

O ator afirmou que precisa haver mais presenças femininas para que se possa perdoar e amar mais. "A gente precisa caminhar para um mundo com uma maior presença do feminino, um mundo mais sensível, capaz de amar, perdoar, se expressar. Homens e mulheres são capazes, mas acho que elas vão trazer isso com mais intensidade, conforme o planeta lhes der mais cargos, voz, espaço e visibilidade."