SÃO PAULO (FOLHAPRESS) - Arthur José Malvar de Azevedo, dono da empresa GWA Systems, responsável pela instalação das duas câmeras no poste de sinalização, disse que comunicou verbalmente a CET sobre a colocação dos equipamentos. Ele não disse, porém, com quem conversou sobre isso na companhia e por qual motivo fez a instalação sem um documento em mãos que o autorizasse.
Tanto a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) quando a Ilume (Departamento de Iluminação Pública de São Paulo) disseram que não foram procurados pela GWA Systems para informar sobre a instalação das câmeras na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires.
Assim, os órgãos informaram que não emitiram nenhuma autorização para o serviço e que também a instalação não foi acompanhada por funcionários da prefeitura.
A CET disse que colabora com a investigação da Polícia Civil e que aguarda a conclusão da perícia sobre as causas do acidente com o estudante.
O dono da GWA frisou ainda que é preciso esperar o resultado da perícia policial para definir a causa da morte.
Já empresa Dream Factory, que venceu a concorrência para gerir o patrocínio de R$ 20 milhões do Carnaval de rua de São Paulo disse que contratou a GWA Systems para instalar as câmeras de segurança e cumprir uma das exigências do edital de chamamento público.
A empresa, que também organiza o festival Rock in Rio, ressaltou que somente uma perícia irá confirmar a causa da morte, lamentou o ocorrido e afirma estar à disposição da polícia para colaborar com as investigações.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o estudante foi socorrido prontamente por ambulância de empresa particular contratada pelo organizador do evento e que o Samu prestou apoio.
Questionada sobre a alegada omissão dos GCMs, a Secretaria de Segurança Urbana da prefeitura não se manifestou até as 19h desta segunda.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado como morte suspeita e que os organizadores do evento serão ouvidos.