Palestino morre em confronto com guarda israelense

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 22/09/2010
Segurança disse à polícia que grupo bloqueou rua e atacou seu carro com pedras

Um palestino morreu nesta quarta-feira (22) vítima de disparos efetuados por um guarda de segurança israelense no bairro de Siluan, em Jerusalém Oriental.

A morte aconteceu durante a madrugada, quando um grupo de palestinos residentes se aproximou das imediações de um edifício da organização direitista Elad, que costuma adquirir propriedades em territórios palestinos ocupados, segundo os moradores.

De acordo com as declarações do guarda à polícia israelense, publicadas pela versão eletrônica do jornal Haaretz, dezenas de palestinos bloquearam o caminho com contêineres de lixo e começaram a lançar pedras contra o veículo no qual o segurança viajava.

Em resposta, o guarda israelense abriu fogo contra o grupo, atingindo Samer Sarhan, de 32 anos, que morreu.

Já o ativista Jawad Halawani, morador de Siluan, disse à agência Efe que a rua pela qual circulava o agente de segurança israelense costuma estar bloqueada ao tráfego e que não houve nenhum tipo de provocação por parte dos palestinos.

Moradores do bairro disseram que ao menos quatro jovens integravam o grupo baleado e que outro palestino ficou gravemente ferido por causa dos disparos. A rádio pública de Israel informou que um agente da polícia israelense sofreu leves ferimentos nos confrontos após o tiroteio. As autoridades investigam o fato.

Forças de segurança usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão de palestinos que saiu nesta quarta-feira às ruas de Siluan para protestar pela morte.

Nos últimos anos, vários colonos judeus adquiriram propriedades nessa parte da cidade, onde os palestinos pretendem estabelecer a capital de seu futuro Estado independente. Ao menos 88 imóveis palestinos, nos quais vivem cerca de mil pessoas, receberam ordens de demolição por parte das autoridades israelenses sob o argumento de que foram construídos de forma ilegal.

A morte acontece no momento em que o governo de Israel e a Autoridade Nacional Palestina tentam acertas os pontos de um acordo de paz. Uma das questões mais polêmicas diz respeito justamente à paralisação das construções em territórios ocupados.