Síria promete acabar com presença dos EUA no país, diz TV estatal

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 15/01/2018

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Exército sírio está determinado a acabar com qualquer forma de presença dos EUA no país, disse nesta segunda-feira (15) a TV estatal, citando um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do regime de Bashar al-Assad.

A coalizão liderada pelos americanos trabalha com milícias sírias anti-Assad para montar uma nova força de 30 mil homens. O movimento foi classificado pelo ministério sírio como um "flagrante assalto" à soberania da Síria.

A medida também desagradou a Turquia, contrária ao apoio dos EUA a milícias curdas do norte da Síria combatidas pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Também nesta segunda-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que os EUA "estão ajudando" aqueles que desejam uma "mudança de regime" na Síria.

Em novembro, militares russos disseram que Washington combatia o Estado Islâmico como se estivesse no Iraque e atrapalhava a ofensiva apoiada por Moscou na Síria.

O presidente russo, Vladimir Putin, é o principal aliado de Assad. Em seu último discurso de Ano-Novo, disse que a Rússia "continuará prestando toda a assistência à Síria na proteção da soberania, unidade e integridade territorial do Estado".

Putin ordenou, em dezembro, o início da retirada das tropas russas da Síria, mas manteve a base aérea em Latakia, além de sua instalação naval no porto de Tartus, importante acesso ao Mediterrâneo.

Um estudo publicado na mesma época pelo Centro de Pesquisas Pew mostrou que o Oriente Médio acredita que os EUA ganharam influência na região.

Ao mesmo tempo, as intervenções de Rússia e EUA em países do Oriente Médio são mal-vistas pelas populações -apenas 27% e 35% enxergam os EUA e a Rússia, respectivamente, de maneira positiva. Foram ouvidos os habitantes de Israel, Jordânia, Líbano, Tunísia e Turquia.