Padre gera polêmica ao postar foto com revólver de brinquedo no WhatsApp e pede perdão

Autor: Da Redação,
terça-feira, 02/01/2018
Padre gera polêmica ao postar foto com revólver de brinquedo no WhatsApp e pede perdão - FOTO - REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Um padre radicado na igreja de São José dos Quatro Marcos, município do Mato Grosso, provocou polêmica nesta terça-feira (2/1) após postar uma foto no WhatsApp Status, onde está segurando um revólver de brinquedo. E a polícia abriu um procedimento preliminar para investigar o religioso, que se arrependeu e pediu perdão na internet.

Na imagem, o sacerdote Thiago Bruno aparece deitado em uma cama apontando uma arma com a mensagem “#2018” escrita. A foto foi compartilhada em diversas redes sociais e foi alvo de críticas e comentários. “Não importa se a arma é de brinquedo ou não! O que importa é a mensagem que ele passa, que não é nenhuma mensagem de paz”, afirma um comentário.

Defesa
Em contraponto, um internauta defendeu o religioso. “Que mal tem isso? Uma pessoa de bem com uma arma? Ele também pode ter carro, faca, moto, etc”, diz o comentário.

Segundo um suposto amigo do padre, a arma é um artigo de decoração e foi comprado na Espanha. A foto teria sido tirada na própria casa de Bruno nesta segunda-feira (1º).

Decoração
“São armas de decoração, que não dão tiro. São apenas armas do estilo faroeste daqueles filmes que comprei para fazer decoração”, detalhou o homem no vídeo. Até o momento, Bruno não se pronunciou sobre a polêmica imagem.

Polícia abriu procedimento contra padre
O delegado Miguel Macário Lopes, de São José de Quatro Marcos (315 km a Oeste da Capital), no entanto, não entendeu se tratar de objeto de decoração e abriu um procedimento preliminar para investigar o padre Thiago Bruno, que postou uma foto segurando uma arma de fogo em uma rede social. A imagem foi publicada pelo padre - que é responsável pela paróquia do Município - na segunda-feira (1) no seu Whatsapp com a hashtag: 2018.

Conforme o delegado, a foto causou uma grande polêmica na cidade. O padre, segundo Lopes, pode responder por apologia ao crime. A apologia ao crime está prevista no artigo 287 do Código Penal, que prevê como ato criminoso elogiar, exaltar, enaltecer ou ressaltar vantagens do ato ilícito. A detenção estipulada é de 3 a 6 meses.

“Realmente está dando o que falar essa foto aqui na cidade. Repercutiu muito mal pelo fato dele ser um líder religioso. Mas eu já tomei conhecimento que a arma é legal, pertence a um colecionador que é amigo do padre”, disse o delegado.

Porém, a exposição caracteriza apologia, que também é uma conduta criminosa, mas, considerado um crime brando de acordo com o Código Penal", afirmou Lopes. O delegado enfatizou que irá intimar o padre a  prestar esclarecimentos sobre a imagem.

“Eu não consegui falar com ele porque ele está de férias, mas assim que retornar, será ouvido.”, disse. “Foi instaurado um procedimento preliminar para sabermos o que realmente aconteceu, porque, de repente, pode não ter sido isso. Muitas vezes as coisas não são como se apresentam. 

O procedimento preliminar, portanto vai apurar o que ocorreu para depois instaurar um procedimento definitivo para responsabilizar criminalmente ou não a pessoa”, pontuou.

Padre que posou com arma diz que errou e pede perdão a fiéis

O padre Thiago Bruno, da Paróquia São José, no Município de São José dos Quatro Marcos (315 km a Oeste de Cuiabá), pediu perdão por ter postado uma foto segurando uma arma de fogo, em uma rede social.

Em nota, ele afirmou que a arma é de brinquedo e pertence a um amigo.

A imagem foi publicada pelo padre - que é responsável pela paróquia local - na segunda-feira (1), no seu Whatsapp, com a hashtag 2018.

“Por ocasião de uma comemoração de aniversário de um amigo, na ingenuidade, publiquei em rede social uma imagem em que apareço próximo a uma arma de brinquedo ('souvenir') deste mesmo amigo, de onde surgiram várias interpretações, como é comum nos comportamentos nas redes sociais”, disse.

“Errei, e peço perdão à minha família, à família do meu amigo aniversariante, aos meus paroquianos, e aos meus amigos”, completou. O líder religioso disse ser contra a cultura da morte e que promove a paz e a segurança na sociedade.

“Afirmo que promovo a paz e a segurança na sociedade, o bem estar da família, o respeito às leis, e a defesa da vida, desde a concepção da pessoa humana. Sou contra a cultura de morte (incluindo qualquer apologia ao crime). Que Deus abençoe a todos nós com um ano novo cheio de vida nova. Feliz 2018. Rezem por mim!”, afirmou.

As informações são do MidiaNews