Bruno desmaia em cela de fórum do Rio e ambulância é chamada

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 17/09/2010
Goleiro responde a processo por lesão corporal e sequestro de Eliza Samudio

O goleiro Bruno Fernandes desmaiou nesta sexta-feira (17) em cela do fórum de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi chamada para atendê-lo. Por volta das 15h30, assessores informaram ele sofreu uma queda do nível de glicose porque não tinha se alimentado. No horário, Bruno já havia se recuperado e passava bem.

Começou, por volta das 13h35 desta sexta-feira (17), a audiência de instrução e julgamento de Bruno e de seu amigo, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, na 1º Vara Criminal do Tribunal de Justiça. Eles respondem a um processo que corre no Estado em que são acusados de sequestro e lesão corporal – fatos supostamente ocorridos em outubro de 2009 - contra a ex-amante do jogador Eliza Samudio. A primeira testemunha a depor é a presidente do Flamengo, Patricia Amorim.

Nesta sexta, Ércio Quaresma, advogado dos suspeitos, disse acreditar que Eliza ainda está viva. Segundo Quaresma, não houve sequestro, nem cárcere privado. Ele disse ainda que as lesões corporais que a jovem sofreu não partiram de Bruno.

Na audiência, serão ouvidas sete testemunhas de defesa. Os advogados de Bruno chamaram a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, o atual diretor-executivo de futebol do clube, Zico, o goleiro Paulo Victor e o zagueiro Tite, do Vasco. Pela defesa de Macarrão, foram convocados o lateral-direito Leonardo Moura, o lateral-esquerdo Rodrigo Alvim e o zagueiro Álvaro.

O Tribunal de Justiça informou que Bruno e Macarrão só não serão interrogados caso os depoimentos das testemunhas se alonguem demais ou se alguma delas não comparecer, e os advogados da defesa exigirem a presença delas.

A defesa de Bruno também convocou para depor os atacantes Adriano e Vágner Love e a própria Eliza Samudio, que está desparecida desde junho deste ano, mas a Justiça não aceitou o pedido. Bruno e Macarrão também respondem pelo suposto assassinato da jovem.

Na audiência, será exibido um vídeo em que Eliza Samudio concede uma entrevista ao jornal Extra, na época em que relata o que teria acontecido com ela na noite do suposto sequestro.

Além do caso do Rio, Bruno, Macarrão e outras sete pessoas também respondem a outro processo em Contagem (MG) pelo suposto assassinato de Eliza Samudio. Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado na forma qualificada, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

Testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira audiência

Na primeira audiência do processo que corre no Rio de Janeiro, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação. Foram elas a amiga de Eliza, Milena Baroni, a delegada Maria Aparecida Mallet - que ouviu a jovem na delegacia da Mulher em Jacarepaguá na época do sequestro -, além de Mateus Dantas e Mauro José de Oliveira, porteiros do condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, onde Bruno morava.

Em seu depoimento, a delegada afirmou que Eliza lhe relatou que, na madrugada do dia 13 de outubro do ano passado, Bruno foi até a casa de Milena, onde Samudio morava, na companhia de Macarrão e outros dois homens armados. A jovem, que na época estava grávida de cinco meses, passou a ser ameaçada por eles e obrigada a entrar em um carro, segundo o relato, e foi levada para o condomínio do goleiro e forçada a ingerir comprimidos e tomar um líquido, que seria abortivo. Horas depois, Eliza teria dito que concordava em fazer o aborto, mas foi à delegacia fazer queixa das ameaças.