SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Líderes europeus comemoraram a vitória de Emmanuel Macron na eleição presidencial francesa, no domingo (7), como um resultado positivo para o continente.
O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, por exemplo, qualificou a eleição de Macron de "vitória para Europa forte e unida".
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, seguiu na mesma linha. Segundo ele, os franceses elegeram "um futuro europeu" com Macron, disse.
Pelas redes sociais, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, parabenizou o centrista e o povo francês, por escolher "liberdade, igualdade e fraternidade em vez da tirania das notícias falsas".
Em meio ao processo de saída da União Europeia, o "brexit", a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou, por meio de seu porta-voz, que "a França é um de nossos aliados mais próximos e esperamos trabalhar com o novo presidente em um extenso leque de prioridades compartilhadas".
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump usou as redes sociais para parabenizar Macron pela conquista da Presidência francesa.
"Parabéns a Macron por sua grande vitória como o próximo presidente da França. Estou ansioso por trabalhar com ele", escreveu.
Após um ataque terrorista em Paris, em 20 de abril, o republicano afirmou que a candidata da direita ultranacionalista, Marine Le Pen, era a opção "mais forte" para lidar com a situação do país.
"Ela tem a posição mais forte em relação às fronteiras e é a mais forte para lidar com o que está acontecendo com a França. Aquele que for mais forte em relação ao terrorismo radical islâmico e que seja mais duro em relação às fronteiras, vai se dar bem na eleição", disse à época.
BRASIL
O presidente Michel Temer avalia que a vitória de Macron foi melhor para o Brasil e abre a oportunidade de melhorar as relações comerciais e diplomáticas com a França.
Ele felicitou o presidente eleito e disse que Brasil e França "continuarão a trabalhar juntos em favor da democracia, dos direitos humanos, do desenvolvimento, da integração e da paz".
Em conversas reservadas, Temer demonstra simpatia pelo centrista, que, assim como o peemedebista, identifica-se com a centro-direita em questões econômicas e defende a reformulação das leis trabalhistas em seu país.
Em nota, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, disse que a vitória de Macron "reafirma o apego do povo francês aos valores democráticos com os quais nós brasileiros nos identificamos profundamente".
Temer pretende telefonar para Macron nesta segunda (8) e, assim como fez com Trump, deve propor a criação de um grupo entre os dois países para melhorar o ambiente de negócios.