Diretor de órgão eleitoral critica governador do Amazonas

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 04/05/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Luis Emilio Rondón, afirmou nesta quinta-feira (4) que o pedido de convocação de uma Constituinte feito pelo presidente Nicolás Maduro "contém várias observações que contrariam princípios da Constituição".

Maduro anunciou na segunda-feira (1º) uma Assembleia Constituinte "popular" para redigir uma nova Constituição, cujos integrantes serão eleitos por setores da sociedade e não pelo voto universal. Opositores classificaram a decisão como "fraudulenta" e reclamaram que a forma de escolha dos representantes da Constituinte é excludente.

Rondón disse em entrevista à rádio Onda que fez uma "revisão preliminar" do pedido de convocação da Constituinte e alertou que a escolha dos membros da Assembleia precisa respeitar garantias previstas na Constituição venezuelana.

"Falar de voto universal não se trata de grupos parcializados, no documento [a Constituição] não existe segmentação que coincida com o princípio da universalidade", afirmou.

Caberá ao CNE definir as condições para a eleição da Constituinte, mas a presidente do órgão, Tibisay Lucena, não deu um prazo para a regulamentação. Dos cinco diretores do conselho, quatro são aliados de Maduro. Rondón é o único opositor no órgão.

PROTESTOS

A Venezuela voltou a registrar nesta quinta (4) confrontos entre policiais e manifestantes em atos contra o presidente Nicolás Maduro.

Em Caracas, agentes de segurança bloquearam as entradas do campus da Universidade Central da Venezuela e reprimiram estudantes que se manifestavam no local. Também houve repressão em atos estudantis em San Antonio de los Altos, a 20 quilômetros de Caracas.

Na quarta (3), protestos violentos deixaram ao menos 362 feridos em Chacao e Baruta, na periferia de Caracas. Além disso, um jovem morreu após ser atingido no pescoço durante uma manifestação -ele foi identificado como Armando Cañizales, 17.

Com isso, chega a 32 o número de mortos na onda de protestos iniciada em abril contra o governo Maduro.