SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A PM do Rio de Janeiro informou que o policiamento foi intensificado nesta quarta (3), na região da Cidade Alta, em Cordovil, zona norte da capital. A medida foi tomada após os ataques da terça (2) -que terminaram com nove ônibus e dois caminhões queimados. Uma operação policial prendeu 45 pessoas. As informações são da Agência Brasil.
O governador Luiz Fernando Pezão está em Brasília, onde reforçará o pedido feito na semana passada para que a Polícia Rodoviária Federal ajude na fiscalização das estradas. O objetivo é impedir a chegada de armas ao Estado, informou a assessoria de imprensa do governo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 1.858 alunos estão sem aulas nesta quarta (3) na região, com quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil fechados na Cidade Alta. Terça (2), foram sete escolas, cinco creches e um espaço fechados por causa do tiroteio.
Também estão fechadas uma creche com 123 alunos em Vigário Geral e uma escola e uma creche no Morro do Salgueiro, afetando 301 alunos. Uma operação policial foi feita de manhã na comunidade, resultando na prisão de três pessoas e na apreensão de um menor, além de pistolas e drogas. Uma pessoa ficou ferida. ÔNIBUS
Segundo a Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), das empresas que tiveram ônibus queimados na terça (2), a Trel e a Jurema informam que não mudaram os itinerários de suas linhas entre cidades da Baixada Fluminense e a capital.
Já a Viação Reginas desviou as rotas da Avenida Brasil para a Linha Vermelha, visando à maior segurança de passageiros e rodoviários, conforme determina indicação da Secretaria de Segurança Pública. Os itinerários habituais serão retomados ainda hoje.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (3), a Fetranspor repudia e manifesta indignação em relação aos atos criminosos que têm destruído, por meio de incêndios, os veículos que servem a um sistema que transporta diariamente mais de 8 milhões de passageiros no estado.
Segundo a federação, só este ano já foram 51 ônibus incendiados, e, desde janeiro do ano passado, o prejuízo passa de R$ 42 milhões. Diante dos graves efeitos da crise financeira sobre as empresas, que sofrem com a redução da atividade econômica e o aumento do desemprego, os ônibus destruídos não serão substituídos. A Fetranspor ressalta que não existe seguro para esse tipo de sinistro e que cada ônibus com ar condicionado custa aproximadamente R$ 450 mil.