Ano de 2016 foi o pior para as crianças da Síria, segundo relatório da Unicef

Autor: Da Redação,
domingo, 12/03/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo menos 652 crianças foram mortas na Síria em 2016, que foi o pior ano para a nova geração de sírios, segundo relatório da Unicef.

Não houve redução nos ataques contra escolas, hospitais, parquinhos infantis e casas no ano passado. Tanto as tropas do regime de Bashar al Assad quanto a oposição ignoraram as leis humanitárias.

Segundo o relatório da Unicef, pelo menos 255 crianças foram mortas perto de escolas no ano passado e 1,7 milhão não estão estudando. Uma de cada três escolas da Síria não pode ser usada porque está sob ocupação de grupos armados. Outras 2,3 milhões de crianças sírias são refugiadas em outros países do Oriente Médio.

O relatório foi divulgado dois dias antes da data que marca os seis anos do início da revolta popular que degringolou em uma guerra civil. As crianças foram as primeiras vítimas da repressão do governo sírio.

No dia 15 de março de 2011, moradores da cidade de Daraa fizeram um protesto pedindo a libertação de adolescentes que haviam sido presos por escrever slogans contra o governo nas paredes da escola. Eles foram torturados na prisão.

Segundo o relatório, a assistência médica e social está cada vez mais precária na Síria, por isso muitas crianças estão trabalhando, lutando na guerra ou se casando. Muitas estão morrendo de doenças evitáveis.