Tribunal de Seattle aprova liminar que suspende veto a imigrantes nos EUA

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 03/02/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal Federal de Seattle, no noroeste dos EUA, suspendeu temporariamente nesta sexta-feira (3) em todo o país o decreto do presidente Donald Trump que impede a entrada de cidadãos de sete países de maioria islâmica.

A decisão do juiz James Robart foi tomada após os procuradores-gerais dos Estados de Washington, onde fica Seattle, e Minnesota pedirem uma liminar contra o veto. O recurso pode ser derrubado pelo governo na Departamento de Segurança Interna.

Segundo o procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, o decreto anunciado em 27 de janeiro é discriminatório e inconstitucional e está prejudicando moradores e empresas, como as tecnológicas Amazon, Expedia e Microsoft.

"Este veredicto interrompe o decreto agora mesmo", disse Ferguson, que espera que a decisão seja cumprida pelo governo federal. Outras três ações foram apresentadas por procuradores de Virgínia, Massachusetts e Havaí.

No primeiro caso, a Justiça ordenou que a Casa Branca envie ao Estado a lista das 60 mil pessoas retidas desde sábado (28). Os demais foram rejeitados pelos juízes devido ao ceticismo em relação ao qualificativo de intolerância religiosa.

O Departamento de Segurança Interna americano ainda não comentou sobre a liminar. A proibição de entrada por 90 dias de cidadãos dos sete países muçulmanos e de refugiados de todo o mundo levou os aeroportos ao caos.

Pela regra, visitantes de Irã, Iraque, Iêmen, Líbia, Síria, Somália e Sudão serão barrados nas fronteiras e aeroportos. Na semana passada, a Casa Branca recuou e tirou a proibição de imigrantes com residência permanente nos EUA.

No caso de refugiados, o prazo de proibição é de 120 dias para todo o mundo, exceto os sírios, barrados por tempo indeterminado. Trump afirma que a medida é para combater a entrada de terroristas radicais islâmicos.

O republicano foi alvo de uma série de protestos em todo o país contra o decreto, mas não voltou atrás. A medida é rejeitada pela maioria do país -53%, segundo pesquisa da rede CNN, e 55%, de acordo com o Instituto Gallup.