ATUALIZADA - Marcha das Mulheres reúne milhares contra Trump em todo o mundo

Autor: Da Redação,
sábado, 21/01/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado (21), dia seguinte à posse de Donald Trump, na Marcha das Mulheres, organizada pela sociedade civil em Washington. A manifestação contra o novo presidente teve início por volta das 10h (13h em Brasília), no National Mall, mas já havia se espalhado antes por diversas capitais europeias.

A expectativa era de que cerca de 250 mil pessoas participassem do protesto neste sábado em Washington. Durante a manhã, mulheres com gorros cor-de-rosa e pontiagudos, apelidados de "pussyhats", lotavam as estações de metrô mais próximas ao trajeto da marcha, que saiu do Capitólio.

Houve protestos também em diversas cidades americanas como Chicago, Denver e Boston.

No mundo, cerca de 670 marchas foram planejadas, de acordo com o site dos organizadores, que diz que mais de 2 milhões de manifestantes devem protestar contra Trump.

Muitas manifestantes carregaram pôsteres com frases como "essa xoxota morde de volta", resposta à forma com que Trump se referiu às mulheres em áudio de 2005 que veio à tona durante a campanha.

Numa rede social, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que perdeu a disputa à Casa Branca para Trump, agradeceu a marcha. "Obrigada por defender, expressar e marchar pelos nossos valores. Mais importante do que nunca. Eu realmente acredito que sempre somos Mais Fortes Juntos", disse Hillary, lembrando o slogan de sua campanha.

AO REDOR DO MUNDO

Além das marchas nos EUA, foram registrados protestos contra Trump em dezenas de países ao redor do mundo.

De acordo com o site dos organizadores, cerca de 670 marchas foram planejadas, esperando reunir mais de dois milhões de manifestantes contra Trump. O total de protestos que de fato ocorreram não pôde ser verificado.

Na Europa, marchas foram realizadas em Londres, Berlim, Paris, Roma, Viena, Genebra e Amsterdã. Na capital britânica, manifestantes relataram a participação de mais de 100 mil pessoas.

Na África, centenas cantaram músicas de protesto em países como Quênia e África do Sul.

Centenas de pessoas também protestaram em Tóquio, entre as quais muitos expatriados norte-americanos.

Em Sidney, na Austrália, cerca de 3.000 homens e mulheres marcharam até o consulado americano e, em Melbourne, foram 5.000 pessoas. Na Nova Zelândia, houve marchas em quatro cidades, envolvendo cerca de 2.000 pessoas.

No Rio de Janeiro, cerca de 60 pessoas, em sua maioria americanos que vivem na cidade, se reuniram em Ipanema.

Houve protesto contra o novo presidente dos EUA até mesmo na Antártica. Algumas dezenas de ambientalistas que participam de uma expedição em Paradise Bay seguraram cartazes em inglês com os dizeres "Pinguins pela Paz" e "Amor desde os sete continentes".