SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Grupos de feministas na França querem boicotar a cerimônia de entrega dos prêmios César, o "Oscar do cinema francês".
Isso porque o cineasta polonês Roman Polanski foi convidado a presidir a edição da cerimônia. O diretor é acusado de ter estuprado uma garota de 13 anos nos EUA em 1977.
O cineasta, inclusive, já ganhou o César de melhor diretor quatro vezes: por "Tess" (1979), "O Pianista" (2002), "O Escritor Fantasma" (2010) e "A Pele de Vênus" (2013).
Polanksi foi anunciado para suceder Claude Lelouch no posto na última quinta (19). Logo em seguida, a indicação despertou a ira de grupos feministas na internet, incluindo coletivos comno o Osez le Féminisme, segundo o jornal "The Guardian".
"Fazer de Polanski o presidente é esnobar vítimas de estrupo e abuso sexual", disse Serre-Combe à agência France Presse.
No mês passado, a suprema corte polonesa rejeitou o pedido feito pela Justiça americana de extraditar Polanski.
A cerimônia do César está marcada para acontecer em 24 de fevereiro.