Novo filme de João Moreira Salles será lançado no Festival de Berlim

Autor: Da Redação,
terça-feira, 17/01/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "No Intenso Agora", novo filme de João Moreira Salles ("Santiago"), foi selecionado para participar do Festival de Berlim, aumentando o número de longas brasileiros que integram neste ano uma das mais importantes mostras estrangeiras de cinema do mundo, realizada de 9 a 19 de fevereiro.

Escrito e dirigido por Salles, "No Intenso Agora" é um documentário narrado em primeiro pessoa que examina imagens de arquivo da década de 1960. O filme nasceu com a descoberta de filmes caseiros feitos pela mãe do cineasta na China em 1966, durante a fase inicial da Revolução Cultural.

A reflexão se estende a imagens de eventos como a revolta estudantil em maio de 1968 na França, o fim da Primavera de Praga, o enterro de estudantes, operários e policiais mortos em 1968 em Paris, Lyon, Praga e Rio de Janeiro e os vídeos feitos por amadores durante a invasão da Tchecoslováquia.

MAIS BERLIM

Também estará no festival o filme "Joaquim", de Marcelo Gomes ("Cinema, Aspirinas e Urubus" e "Era uma vez eu, Verônica"), que foi selecionado para a competição principal.

Coprodução entre Brasil, Portugal e Espanha, o drama histórico retrata Joaquim José da Silva Xavier (Julio Machado), mais conhecido como Tiradentes (1746-1792), militar de destaque na captura de contrabandistas de ouro da Guarda Real do século 18. O longa mostra seu despertar político ao se tornar um rebelde contra o domínio colonial português.

"As Duas Irenes", de Fabio Meira, e "Mulher do Pai", de Cristiane Oliveira, também foram selecionados para participar do festival, na seção Generation. Eles se somam a "Vazante", de Daniela Thomas, e "Pendular", de Julia Murat, que também serão exibidos na mostra alemã.

ABERTURA

A cinebiografia francesa sobre o violonista de jazz Django Reinhardt, dirigida por Etienne Comar, vai abrir a edição deste ano do evento.

O filme narra a fuga de Reinhardt da ocupação nazista em Paris em 1943. O diretor do festival, Dieter Kosslick, afirmou que o perigo constante, fugas e as atrocidades cometidas contra sua família não conseguiram fazer com que Django parasse de tocar.