Paulistano tem segunda-feira quente; termômetros chegam a 35,1º C

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 17/10/2016

PAULO GOMES E LUIZA FRANCO

SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O primeiro dia útil do horário de verão em São Paulo fez jus à estação do ano que empresta o nome ao período de economia de energia que teve início no domingo (16) e vai até fevereiro de 2017.

Apesar de a primavera ser a estação vigente, os termômetros na avenida Paulista chegaram aos 37º C às 15h20, lembrando os dias mais quentes de janeiro. A média oficial de temperatura máxima na cidade foi de 35,1º C, de acordo com o Centro de Gerenciamento Emergências da prefeitura (CGE). A maior média do ano foi em 19 de Janeiro, de 36,5º C. Com o calor e o clima abafado, o paulistano aproveitou para usar roupas mais frescas –saias, vestidos, shorts, camisetas regatas e bermudas, além de chinelos e sandálias como calçados, formaram o vestuário predominante na avenida.

Quem precisa trabalhar com roupas mais fechadas, no entanto, sofreu. Guilherme Alves dos Santos, 20, vende cosméticos debaixo de sol forte, de terno. Com a testa salpicada de suor, ele descarta uma roupa mais leve para se adequar ao clima. "Você compraria um perfume na minha mão ou na de um 'maloqueiro'?", pergunta à reportagem.

O suor não o abala. "Cada gota é o meu trabalho, o meu negócio. E eu gosto muito do que eu faço."

A alguns metros, o sapateiro e engraxate Vagner Santos do Nascimento, 28, descansa à sombra. "Hoje o movimento (de clientes) está fraco. No frio o pessoal usa mais calçado fechado, bota, tem conserto de salto pra fazer", avalia. Embaixo de uma árvore e com um guarda-sol, ele não se incomoda com a alta temperatura. "Pra mim não muda nada, só o movimento mesmo. Mas o bom vendedor vende o café no quente e no frio."

A procura por água gelada e sorvetes, como era de se esperar, aumenta. A professora Ana Carolina Ramos, 29, parou na volta para casa para pegar um sorvete e se refrescar. "O que muda em um dia desses é que eu uso mais saia e tomo muita água. Entro em alguns bancos também, só para pegar o ar condicionado", afirma.

No final da tarde, São Paulo foi atingida por pancadas de chuva com forte intensidade. O CGE decretou estado de atenção para alagamentos. Com o decreto, a Defesa Civil foi notificada da possibilidade de ocorrências na Zona Sul, Sudeste, Leste e na Marginal Pinheiros. Às 16h20, as chuvas começaram a ser detectadas pelos radares meteorológicos.

Segundo o CGE, a semana será marcada por madrugadas mais quentes e forte calor durante as tarde. As pancadas de chuva também devem continuar diariamente, mas ocorrem de forma isolada e com curta duração entre o final da tarde e início da noite.

Nesta terça-feira, a madrugada terá uma temperatura média de 19º C. Já durante a tarde, os termômetros chegam a 33º C.

A quarta (19) deve começar com poucas nuvens, com mínima de 19° C. O predomínio de sol desde o amanhecer garante mais um dia de muito calor. A máxima prevista é de 33ºC. Com o calor, a brisa marítima que chega à cidade no final da tarde resultará, novamente, nas pancadas de chuva no final do dia.

RIO DE JANEIRO

São Paulo não foi a única capital do Sudeste a experimentar um verão precoce nesta segunda. Os termômetros no Rio de Janeiro chegaram a 39,6° C. A sensação térmica era ainda de mais calor, atingindo os 44,5 °C, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste da cidade.

A alta temperatura foi registrada pelo Alerta Rio, da Prefeitura, às 11h15 da manhã. Até as 16h, fora o pico de calor em toda a cidade.

No último domingo (16), primeiro dia do horário de verão, a sensação térmica na Barra chegou a 42,7° C. A onda de calor fez as praias da cidade, na zona sul e na zona oeste, ficarem lotadas.

De acordo com o Alerta Rio, o calor não vai embora tão cedo. Nesta semana, a previsão do órgão é que a temperatura na cidade varie entre 22° C e 40° C até sexta-feira (21).