Obama critica Trump e diz que ele não é qualificado para nenhum emprego

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 12/10/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Barack Obama disse que os comentários machistas do candidato republicano a sua sucessão, Donald Trump, são fortes o suficiente para desqualificá-lo a qualquer emprego.

Segundo Obama, após um vídeo revelar uma fala de Trump dizendo que apalpava mulheres, ele não deveria ser aceito nem mesmo como funcionário em uma loja de conveniência.

Durante discurso de campanha para a democrata Hillary Clinton em Greensboro, na Carolina do Norte, na terça (11), Obama disse que a escolha para os eleitores estava clara mesmo antes de o vídeo revelar as declarações machistas de Trump.

"Agora você encontra uma situação em que o cara diz coisas que ninguém acharia tolerável se estivesse tentando uma vaga em uma 7-Eleven [loja de conveniência dos EUA]", criticou Obama

PARTIDO RACHADO

O presidente dos EUA também criticou a postura dos políticos do Partido Republicano. Após a divulgação do vídeo de Trump, muitos dos seus correligionários condenaram as declarações, mas ainda estão apoiando sua campanha à Presidência.

"O fato de que agora há pessoas falando: 'Nós discordamos totalmente, nós realmente reprovamos... Mas ainda estamos endossando ele'. Eles pensam que ele deveria ser presidente, e isso não faz sentido para mim", disse Obama.

A crítica é direcionada à postura de políticos como o presidente da Câmara dos EUA, Paul Ryan. No início da semana, ele disse que não defenderia mais Trump, mas não retirou seu apoio oficial à campanha do republicano.

"Agora ouço algumas pessoas dizendo, 'bem, eu sou cristão, então acredito no perdão, pois ninguém é perfeito'", disse Obama. "Bem, isso é verdade. Eu com certeza não sou perfeito... e eu, também, acredito no perdão e na redenção, mas isso não significa que eu vá eleger essa pessoa presidente", completou.

Além das declarações do presidente, o porta-voz da Casa Branda, Josh Earnest, disse que as declarações de Trump no vídeo de 2005 são consideradas abuso sexual.