SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL
BOGOTÁ, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) - O "não" se impôs ao "sim" na Colômbia, por uma diferença de cerca de 50 mil votos, fazendo naufragar o acordo de paz que havia sido assinado entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na última segunda-feira (26), em Cartagena.
Com 99,08% das mesas contabilizadas, o resultado do plebiscito era de 50,24% para o "não" contra 49,75% para o "sim".
A alta abstenção, como se previa, definiu a derrota da proposta do governo. Votou menos de 40% do eleitorado.
Para sair vitorioso, o "sim" precisava de 13% dos votos daqueles aptos a votar (33 milhões), ou seja, 4,5 milhões de votos, e ser superior em números absolutos ao "não".
Apesar de ter conseguido o patamar, o "sim" não foi capaz de superar os que optaram pelo "não".
Era esperada uma fala do presidente, Juan Manuel Santos, para as 19h (21h) de Brasília, mas por ora o pronunciamento está em suspenso.
As Farc, concentradas nos Llanos del Yarí, lançaram um tuíte dizendo: "O amor que levamos no coração é gigante e com nossas palavras e ações seremos capazes de alcançar a paz".
Francisco Santos, representante do partido uribista, afirmou "É preciso reconstruir os acordos. Não somos contra a paz, somos contra o texto como ele se apresenta", declarou, no fim da tarde de ontem.