Ataque a hospital dos Médicos Sem Fronteiras na Síria deixou 25 mortos

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 17/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O bombardeio que atingiu na segunda-feira (15) um hospital apoiado pela organização Médicos Sem Fronteiras no noroeste da Síria matou 25 pessoas, de acordo com uma nova avaliação da organização não governamental.
A ONG havia anunciado na terça-feira (16) que o bombardeio que atingiu o hospital na província rebelde de Idlib tinha matado 11 pessoas, acrescentando que ainda havia pessoas sob os escombros.
"O número de mortos aumentou para 25. Trata-se de nove funcionários e 16 civis, incluindo pacientes, sendo um deles uma criança", declarou o porta-voz da MSF em Beirute (Líbano). Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas, incluindo dez funcionários do hospital.
A França condenou os ataques aéreos que atingiram o hospital que, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), foram provavelmente realizados por aviões russos.
Cinquenta e quatro pessoas trabalhavam no hospital, que tinha 30 leitos, duas salas de cirurgia, ambulatório e sala de emergência.
A MSF apoia esta estrutura desde setembro de 2015, principalmente por meio de fornecimento de equipamento médico e cobrindo seus custos operacionais, bem como faz em 152 outros hospitais na Síria, cinco dos quais foram afetados por bombardeios desde o início deste ano.
O embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari, acusou na terça-feira a ONG de trabalhar para os serviços secretos franceses.
"O hospital foi instalado sem a permissão do governo sírio pela chamada rede francesa Médicos Sem Fronteiras, que é um ramo dos serviços de inteligência franceses que operam na Síria", disse Jaafari.