Líder de banda que presenciou ataque em Paris defende porte de armas

Autor: Da Redação,
terça-feira, 16/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sobrevivente do atentado que matou 130 pessoas em novembro do ano passado em Paris, o líder do Eagles Of Death Metal, Jesse Hughes, causou polêmica nesta terça-feira (16) ao defender publicamente o porte de armas, que é proibido na França e tema de debate nos Estados Unidos.
A banda se apresentava na casa de shows Bataclan, um dos alvos dos terroristas, no momento dos ataques. Do total de vítimas fatais, 90 morreram no local, incluindo o promotor do grupo Nick Alexander.
"O controle de armas francês impediu que alguém morresse no Bataclan? Se alguém puder responder que sim, eu gostaria de ouvi-lo, porque eu não acho que impediu", disse o músico em entrevista à emissora de TV francesa iTele.
"Eu acho que a única coisa que impediu foi alguns dos mais valentes homens que eu já vi na minha vida encarando a morte com suas armas de fogo."
Ao canal, o vocalista disse que seu ponto de vista sobre o assunto não mudou depois dos atentados, Ele argumentou que "até que ninguém mais tenha armas, todo o mundo deve ter".
O Eagles of Death Metal voltará a se apresentar na capital francesa nesta terça (16). Todos os sobreviventes do massacre no local foram convidados para o show, que acontece às 19h30 no horário local (16h30 no Brasil), na casa Olympia.
Hughes disse que sente ter uma "responsabilidade sagrada" de terminar o show iniciado no Bataclan, que passa por reforma para reabrir ainda neste ano.
A banda tem passagem pelo Brasil agendada para março, com dois shows em São Paulo -incluindo a participação no festival Lollapalooza.