Tempestade que escureceu São Paulo foi a maior deste verão

Autor: Da Redação,
terça-feira, 16/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A tempestade que atingiu a cidade de São Paulo no início da tarde desta segunda (15) foi a maior deste verão, informou o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura.
O órgão informou que a cidade acumulou 48,6 mm de água com o temporal -o que equivale a 22,5% do volume esperado para todo o mês de fevereiro, cuja média histórica é de 216,1 mm. Até o momento, São Paulo acumula 99,1 mm no mês, o que equivale a 45,9% do aguardado.
"A propagação de um sistema frontal pelo oceano ajudou a organizar as áreas de instabilidade e, unida ao calor e à grande disponibilidade de umidade na atmosfera, causou rajadas de vento, muitas descargas elétricas (raios) e pancadas generalizadas de chuva com forte intensidade, que atingiram com maior força grande parte das zonas leste e sul", disse Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.
A tempestade desta segunda deixou a cidade de São Paulo às escuras, como se fosse noite no início da tarde desta segunda. Toda a cidade entrou em estado de atenção, e 21 pontos de alagamentos foram registrados. Não houve registro de queda de granizo em São Paulo.
Um transbordamento no córrego Ribeirão dos Meninos e arrastou um homem, cujo o corpo foi localizado pelos bombeiros na manhã desta terça (16) na divisa de São Paulo com São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Além do córrego Ribeirão dos Meninos, houve transbordamento nos córregos do Ipiranga, no Ipiranga, Castro Alves, na Capela do Socorro, e Córrego Caboré, em Itaquera.
O CGE informou ainda que os maiores índices pluviométricos foram registrados nas subprefeituras de São Mateus (85 mm), Aricanduva/Vila Formosa (83 mm), Butantã (72), Vila Mariana (67,2 mm), e Jabaquara (66 mm). Durante o estado de atenção, o acumulado médio de chuvas nas regiões da cidade foram: zona sul (68,8 mm), zona leste (54,3 mm), zona oeste (53,3 mm), no centro (38 mm), e na zona norte (19,1 mm).
Com a pancada de chuva na região das cabeceiras, os níveis dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo avançaram. O sistema Cantareira, o maior e o principal reservatório de abastecimento, opera com 37,2% de capacidade nesta terça.
A tempestade também trouxe fortes rajadas de vento: Campo de Marte ( 33 km/h), na zona norte, e no aeroporto de Congonhas (63 km/h), na zona sul. O aeroporto chegou a fechar das 15h55 às 16h15, o que provocou o redirecionamento de sete voos para outros locais.
PREVISÃO
Os meteorologistas do CGE disseram que as pancadas de chuva devem continuar a atingir a capital paulista nos próximos dias, principalmente no final da tarde. A temperatura máxima deve ficar em torno de 30°C. As precipitações mais significativas são esperadas para a tarde e início da noite, em que há potencial para alagamentos e rajadas de vento.
Na quinta-feira (18), o sol aparece entre nuvens no transcorrer da manhã e as temperaturas ficam elevadas. Entre a tarde e a noite, o calor e a entrada da brisa marítima facilitam a formação de áreas de instabilidade, que podem provocar pancadas fortes de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento. A temperatura mínima deve ficar em torno dos 21°C e, a máxima, em torno de 31ºC.