Popularidade de Angela Merkel é a mais baixa em mais de 4 anos

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3) revelou que o apoio popular à chanceler alemã, Angela Merkel, caiu ao nível mais baixo em 4 anos e meio. A grande maioria dos entrevistados é cética sobre a capacidade do governo de gerir a crise de refugiados.
A pesquisa, realizada nos dias 1º e 2 de fevereiro, mostrou que apenas 46% dos alemães a apoiam, o menor índice desde agosto de 2011.
Em abril do ano passado, antes da crise de migrantes eclodir, a chanceler tinha 75% de apoio.
Segundo a enquete, 81% dos entrevistados não acreditam que o governo esteja lidando bem com a crise dos refugiados.
Feito para emissora pública ARD, o estudo também mostrou uma queda no apoio aos conservadores ligados a Merkel e uma alta no apoio ao partido anti-imigrantes Alternativa para a Alemanha -cujo apoio subiu de 9% para 12% desde abril.
Merkel está sob crescente pressão para reduzir o número de imigrantes, após a entrada de 1,1 milhão deles no país no ano passado.
O mal-estar público também cresceu na sequência de uma série de agressões sexuais contra mulheres em Colônia na véspera do Ano-Novo.
O ministro das Finanças do país, Wolfgang Schaeuble, um membro sênior do gabinete de Merkel e respeitado veterano do bloco de centro-direita, defendeu a decisão de Merkel de abrir as fronteiras alemãs.
"Acho que fizemos a coisa certa", disse em discurso na cidade de Hamburgo, acrescentando que a Alemanha também tinha uma responsabilidade especial à luz de seu passado nazista e de seu papel na Segunda Guerra Mundial.
UNIÃO EUROPEIA
Nesta quarta, a União Europeia aprovou as modalidades de financiamento para um fundo de ajuda de 3 bilhões de euros para os refugiados sírios na Turquia.
O fundo de ajuda foi prometido à Turquia pelo bloco em troca de o país travar o afluxo de migrantes à Europa.
Este acordo entre os 28 Estados membros da UE, bloqueado por semanas pela Itália, surge horas antes do início de uma conferência de doadores para a Síria em Londres.
"O dinheiro que colocamos sobre a mesa vai beneficiar diretamente os refugiados sírios na Turquia. Ajudará, entre outras coisas, a melhorar o seu acesso à educação e à saúde", informou em comunicado o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.