Reino Unido declara morte de lorde suspeito de crime e que sumiu em 1974

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça de Londres declarou nesta quarta-feira (3) a morte de Richard John Bingham, o lorde Lucan, desaparecido desde 1974. O nobre sumiu logo depois do assassinato da babá dos seus filhos, do qual se tornou o principal suspeito.
A morte do aristocrata foi declarada depois de pedido de seu filho, George Bingham, 48, que herda o título de nobreza. "Nossa família desconhece como nosso pai morreu. É um mistério e poderá o ser para sempre", disse.
Lorde Lucan teria 81 anos hoje. Poucas horas antes de desaparecer, Sandra Rivett, babá de seus três filhos, foi morta a pauladas na casa que dividia com sua mulher, Veronica, no bairro de Belgravia, em Londres.
Na época, Lucan e Veronica estavam se separando e ele queria a guarda de seus filhos. Para os investigadores, o lorde matou a babá pensando que fosse a mulher que, após o divórcio, teria a custódia das crianças.
A última vez que foi visto foi logo após o crime, quando foi ao pub vizinho a sua casa, The Plumber's Arms, para pedir ajuda. Três dias depois, seu carro foi encontrado abandonado com manchas de sangue no litoral sul da Inglaterra.
Sua mulher, que lutou com o agressor na escuridão durante o ataque, disse que se tratava de seu marido. Depois do desaparecimento, surgiram diversas especulações sobre o seu paradeiro.
Alguns afirmam que se afogou em sua fuga no Canal da Mancha, outros dizem que foi visto na Colômbia, África do Sul, Índia, Holanda e Nova Zelândia. Também se especulou que teria feito de tudo para ser devorado por um leão.
O fascínio do caso se deve, em parte, ao fato de que lorde Lucan era um bon vivant da sociedade londrina, reconhecido por sua elegância, seu vício do jogo e por ser um clássico representante da capital britânica nos anos 1960.
O filho da babá supostamente assassinada também foi ao tribunal e parabenizou o desenlace do caso. "Acho que está morto. Estou contente por George", afirmou Neil Berriman, 49, que tinha sete anos quando a mãe foi morta.