Após mortes em série, polícia aumenta vigilância em Londrina (PR)

Autor: Da Redação,
domingo, 31/01/2016

JULIANA COISSI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O governo do Paraná decidiu reforçar a equipe de policiais em Londrina (norte do Paraná) depois de uma série de 12 assassinatos, com mais 14 feridos, entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada de sábado (30). Nenhum suspeito havia sido preso até as 17h deste domingo (31).
A série de assassinatos começou com a morte do policial Cristiano Luis Botino, 34, na zona norte da cidade, por volta das 20h de sexta. Na sequência, houve ataques em algumas casas, com dezenas de tiros disparados. A maioria dos mortos tinha aparência jovem, e um deles era mulher. Um dos feridos morreu na noite de sábado, segundo a Polícia Civil, no hospital.
A Sesp (Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária) diz que nenhuma linha de investigação é descartada, inclusive a hipótese de participação de policiais nos assassinatos após a morte de Botino.
Segundo a secretaria, equipes de inteligência da polícia e do sistema prisional não encontraram nenhum indicativo de que as mortes aconteceram por determinação do comando de facções criminosas.
Na tarde deste domingo, em entrevista à imprensa, o secretário Wagner Mesquita anunciou que 80 policiais militares foram deslocados para Londrina para reforçar o policiamento nas ruas.
A força-tarefa deve operar por dez dias, sujeita a prorrogação.
Os policiais extras vão ajudar a realizar barreiras e abordagens de pessoas e veículos suspeitos em pontos críticos.
As imagens de 80 câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade também foram desviadas para o Centro Integrado de Comando e Controle da Segurança Pública, em Curitiba, em busca de suspeitos e pista dos assassinatos.
Apesar de questionado, o secretário não deu detalhes sobre a motivação dos crimes nem sobre o perfil das vítimas. A justificativa é que as investigações ainda estão em curso.