Putin 'provavelmente' aprovou plano para matar ex-agente russo, diz juiz

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 21/01/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O assassinato de um ex-agente da inteligência russa há dez anos foi provavelmente autorizado pelo presidente Vladimir Putin, declarou um juiz britânico nesta quinta-feira (21).
Alexander Litvinenko morreu em 2006, aos 43 anos, em Londres, após ter seu chá envenenado com uma dose letal de polônio-210, um isótopo radioativo.
Um inquérito sobre a sua morte foi aberto pela Justiça britânica em janeiro de 2015.
O juiz Robert Owen afirma, em relatório divulgado nesta quinta-feira, haver uma "grande probabilidade" de que a FSB (agência russa de segurança nacional) tenha planejado a morte de Litvinenko, e que a operação "provavelmente" tenha sido aprovada por Putin.
O ex-agente da FSB fugiu para o Reino Unido em 2000, onde se tornou um crítico proeminente de Putin e do serviço de inteligência de seu país.
De acordo com o juiz, o ex-agente "era visto como traidor da FSB", e "havia fortes motivos para organizações e indivíduos da Rússia tomarem ações contra Litvinenko, inclusive matá-lo".
Dois russos, Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun, foram acusados pela morte do ex-agente, mas negam envolvimento no caso. O governo de Moscou também sempre negou contundentemente qualquer relação com a morte de Litvinenko.