Estado Islâmico liberta 270 civis sequestrados na Síria, afirma ONG

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/01/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A milícia radical Estado Islâmico (EI) libertou nesta terça-feira (19) 270 dos cerca de 400 civis, a maioria deles mulheres e crianças, que sequestrou no último fim de semana, quando seus combatentes atacaram áreas controladas pelo regime de Bashar al-Assad na cidade de Deir Ezzor, no leste da Síria.
A informação foi divulgada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo de oposição à ditadura de Assad, baseado em Londres.
O grupo de monitoramento também informou, porém, que o EI invadiu casas em Deir Ezzor e deteve pelo menos mais 50 homens. Rami Abdulrahman, chefe do Observatório, disse que o grupo tem mantido presos do sexo masculino, com idades entre 14 e 55 anos, para interrogá-los.
"Aqueles que tiverem laços com o regime [de Assad] serão punidos, e quem não tiver será obrigado a seguir um curso de religião baseado na interpretação que [o EI] faz do islã", disse Abdulrahman à agência de notícias Reuters.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, condenou a violência contra civis na região de Deir Ezzor e pediu que os responsáveis sejam punidos.
A Síria está às vésperas de completar seu quinto ano de guerra civil, iniciada em março de 2011. O território sírio está dividido em áreas dominadas pelo governo, por rebeldes que se opõem ao regime e pelo EI. Desde setembro do ano passado, a Rússia, aliada de Assad, vem bombardeando alvos no país.
As Nações Unidas estimam que cerca de 250 mil pessoas já tenham morrido no conflito sírio.
OBAMA E ERDOGAN
Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, falaram por telefone na terça-feira (19) e se comprometeram a aprofundar a sua cooperação na luta contra o terrorismo, disse a Casa Branca em um comunicado.
Os dois líderes também reiteraram o seu objetivo comum de destruir o Estado Islâmico. Vizinha da Síria e aliada dos EUA, a Turquia recebeu mais de 2 milhões de sírios que fugiram da guerra em seu país.
Obama também condenou a recente série de ataques curdos contra as forças de segurança turcas e salientou a necessidade de conter o conflito.