Índia volta a enfrentar extremistas em base na fronteira com o Paquistão

Autor: Da Redação,
domingo, 03/01/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Força Aérea da Índia continua a trocar tiros neste domingo (3) com dois extremistas que invadiram a base militar de Pathankot, próxima à fronteira com o Paquistão, na madrugada de sábado (2).
Eles fazem parte de um grupo de seis milicianos que entrou na base -os outros quatro foram mortos. Os invasores mataram seis soldados e um guarda nacional e feriram outros 20 membros das forças de segurança.
Segundo o secretário indiano do Interior, Rajiv Mehrishi, os dois militantes foram descobertos por volta do meio-dia local (4h30 em Brasília), em uma área de floresta que faz parte da instalação militar, e foram cercados.
Houve trocas de tiros esporádicas durante toda a tarde. Mehrishi disse que os militares esperavam "neutralizar até a noite" os invasores, mas não confirmou se eles haviam sido capturados ou mortos até o momento.
O ataque começou às 3h30 de sábado (20h de sexta em Brasília) e, segundo as autoridades indianas, é realizado pelo grupo radical islâmico Jaish-e-Mohammed, baseado no Paquistão.
Para os governos de ambos os países, os militantes desejam com a ação minar a melhora das relações entre os dois países, iniciada pelos primeiros-ministros Narendra Modi (Índia) e Nawaz Sharif (Paquistão).
Em 25 de dezembro, Modi visitou Sharif em Islamabad, na primeira viagem de um chefe de governo indiano ao vizinho Paquistão em 12 anos. No sábado, as autoridades paquistanesas condenaram a invasão.
"No espírito de boa vontade criado pelas recentes diálogos, o Paquistão segue comprometido em ser parceiro da Índia para eliminar a ameaça terrorista em nossa região", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Desde a independência do Reino Unido em 1947, Índia e Paquistão já travaram três guerras pelo controle da Caxemira, um território do Himalaia que ambos ocupam em parte e que reivindicam em sua totalidade.