Hospital que pegou fogo na Arábia é acusado de trancar rotas de saída

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 25/12/2015

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia seguinte ao incêndio em um hospital da Arábia Saudita que matou 25 pessoas e deixou 141 feridos, o governo do país foi acusado de negligência e culpou cidadãos que queriam ajudar no resgate de atrapalhar o salvamento.
Um repórter da TV Al-Arabiya disse que viu várias saídas de emergência trancadas com correntes ao visitar o hospital após o desastre.
O ministro da Saúde da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, reconheceu que o ministério falhou, mas considerou muito cedo para determinar as causas do desastre e informou que um comitê investigará o caso.
Falih confirmou que o fogo começou no primeiro andar e a fumaça se espalhou para os pisos superiores. Ele contou que as mortes no hospital foram causadas por asfixia gerada pela fumaça, e não por queimaduras.
"Infelizmente houve uma grande mobilização e alguns cidadãos correram para o hospital com o desejo de ajudar, mas na verdade eles obstruíram a evacuação e o acesso das equipes de resgate", disse Saad al-Muqrin, porta-voz do governo da cidade de Jazan. "Dezenas dessas pessoas se feriram e deram mais trabalho às equipes de resgate."
A Arábia Saudita enfrentou outras tragédias este ano. Em setembro, ao menos 1.621 pessoas morreram em Meca, cidade sagrada para o Islamismo, durante um tumulto entre a multidão que caminhava, de acordo a agência Associated Press. O governo foi acusado de não organizar adequadamente a peregrinação.
Duas semanas antes, a queda de um guindaste na Grande Mesquita de Meca -local para onde os muçulmanos se voltam ao fazer suas orações e um dos pontos principais da peregrinação- deixou pelo menos 111 mortos e 394 feridos.