Bombeiro diz que ainda há risco de o resto do telhado do museu desabar

Autor: Da Redação,
terça-feira, 22/12/2015

FELIPE SOUZA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), da Defesa Civil e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) iniciaram na manhã desta terça-feira (22) uma vistoria no terceiro piso do Museu da Língua Portuguesa, a área mais atingida pelo incêndio na estação da Luz, no centro de São Paulo.
O capitão do Corpo de Bombeiros Robson Mitsuo, que visitou todas as áreas atingidas pelo incêndio na estação da Luz, diz que há risco de a estrutura que restou do telhado do Museu da Língua Portuguesa desabar. Segundo ele, a construção do terceiro piso -o mais afetado pelas chamas- está comprometida. "Tudo ficou destruído nos dois últimos andares. A estrutura do prédio é mista de concreto e madeira. Não sobrou nada do que era de madeira."
Mitsuo disse que a torre do relógio, que tem uma escadaria de madeira, não foi atingida pelas chamas. "Nosso trabalho ontem foi feito para evitar que isso ocorresse. O vento nos atrapalhou muito porque levava as chamas na direção do relógio a todo instante", afirmou. O segundo e terceiro pisos, segundo o bombeiro, estão cheios de ferro retorcido e escombros de parte do telhado que caiu, mas que não há mais focos de incêndio.
Ele disse, porém, que apenas o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) poderá dizer até quando a estação da Luz continuará interditada. Para chegar ao local, foi necessário o auxílio de uma escada magirus, do Corpo de Bombeiros, para ter uma visão melhor da área atingida e dos danos acusados pelas chamas.
"Nós iniciamos uma vistoria ontem (segunda) das 22h às 2h. Mas como não tínhamos condição de iluminação e acesso, os trabalhos ficaram para hoje", afirmou o engenheiro do IPT responsável pela vistoria, José Theophilo. A intenção do órgão é avaliar as condições do prédio para viabilizar o acesso à estação o mais rápido possível. Não há previsão para o trabalho terminar.