Mulher confessa ter sufocado oito filhos recém-nascidos

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 29/07/2010
Imagem divulgada nesta quinta-feira pela rede de relacionamentos Facebook mostra Dominique Cottrez, que confessou ter matado oito recém-nascidos

A francesa Dominique Cottrez confessou ter matado oito recém-nascidos entre 1989 e 2007, todos seus filhos e enterrados seis cadáveres no jardim de sua casa no vilarejo de Villers-au-Tertre, no norte da França, na região de Lille. Os outros dois ela sepultou a cerca de 1 km de sua casa, informou o jornal parisiense Le Figaro.

O caso de Dominique supera agora o de Véronique Corjault, uma mulher que aos 41 anos confessou ter matado três filhos também recém-nascidos e congelado os corpos dos bebês. Véronique foi condenada em 18 de junho de 2009 a oito anos de prisão pelos assassinatos, cometidos em 1999, na França, e em 2002 e 2003 na Coreia do Sul.

Dominique sufocou as crianças, colocou em saco plásticos e as enterrou, de acordo com o relato informado pela procuradoria. Ele responde por homicídio doloso contra menor de 15 anos, que tem a pena agravada na França. Aos 47 anos, ela ainda pode ser condenada até mesmo à prisão perpétua.

O marido da infanticida, Pierre-Marie Cottrez, está em liberdade e tem o status de testemunha. Ele disse às autoridades que não soube de nenhuma das gestações da mulher.

O caso veio à tona no último sábado (24), quando os proprietários da casa na qual viveu Dominique realizavam obras para modificar o jardim e encontraram dois sacos plásticos com o que pareciam cadáveres de bebês. Eles em seguida ligaram para a polícia.

Os primeiros suspeitos foram os antigos proprietários da residência, que viveram no local por muitos anos. Na última terça-feira (27), Dominique reconheceu ser a mãe dos bebês, que aos poucos foram encontrados, e indicou onde estavam os dois últimos. Hoje, ela confessou que cometeu os crimes.

Dominique disse que não há mais cadáveres na casa, mas as buscas continuam, pois a polícia não descarta que ela tenha assassinado mais bebês. Ela disse que sabia das sucessivas gestações, o que descarta um surto psicológico de negação da gravidez.

Como justificativa para os atos violentos, Dominique disse que teve duas gestações muito difíceis com as duas primeiras filhas – hoje de 21 e 22 anos – e que ela não queria mais engravidar e também não queria usar um método contraceptivo. Ela deve passar ainda por mais exames psiquiátricos.

O crime chocou os habitantes de Villers-au-Tertre, que possui apenas 700 moradores.