Papa Francisco celebra mártires em missa para milhares de pessoas Uganda

Autor: Da Redação,
sábado, 28/11/2015

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Milhares de pessoas compareceram à missa celebrada pelo papa Francisco em Uganda, perto da capital Kampala, neste sábado (28). A celebração homenageou 45 mártires cristãos anglicanos e católicos, símbolo do ecumenismo entre as duas confissões.
O país africano tem mais de 40% de católicos e 30% de anglicanos.
O pontífice celebrou a missa no santuário de Namugongo, perto de Kampala, onde 45 cristãos foram martirizados em 1886 por não abjurar de sua fé.
A multidão aplaudiu e cantou quando Francisco chegou ao templo, que fica ao ar livre. Segundo agências de notícias, mais de 100 mil pessoas chegaram ao local durante a madrugada para assistir à missa, que foi um dos grandes momentos da visita papal ao país.
Católicos do Sudão do Sul, país vizinho e que está em guerra civil, viajaram até 12 horas de ônibus para participar da celebração.
Os presidentes do Sudão do Sul, Salva Kiir, e de Uganda, Yoweri Museveni, também compareceram à cerimônia.
Durante a missa, o papa Francisco conclamou os fiéis a rejeitar a corrupção e a busca de prazeres terrenos.
Os mártires homenageados pelo papa eram integrantes do reino de Mwanga II, rei dos Baganda (1884-1888), um dos povoados da atual Uganda. O monarca considerava que a influência dos missionários europeus reduzia seu poder de destruía as tradições de seu povo. O rei não perdoava que o fato de que estes jovens, influenciados pelo catecismo, negassem favores sexuais.
AGENDA
À tarde, Francisco visitará a pista de aviação de Kololo, em Kampala, onde se reunirá com jovens ugandeses. O papa também deve ir a uma casa de caridade de Nalukolongo, onde se reunirá com pobres de várias religiões e idades.
Uganda é a segunda etapa da viagem ao continente africano de Francisco. Antes, ele esteve no Quênia.
No domingo (29), Francisco ainda visitará Bangui, capital da República Centro-Africana, devastada desde 2013 por uma guerra civil com tom religioso. Esta deve ser a etapa mais perigosa da viagem, onde o pontífice pretende apresentar uma mensagem de paz e reconciliação.