Docentes protestam na Paulista contra reorganização de escolas

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 27/11/2015

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de manifestantes protestou nesta sexta-feira (27) na avenida Paulista, região central de São Paulo, contra a reorganização da rede estadual de ensino, além do fechamento de 92 escolas anunciado pela gestão Alckmin (PSDB).
Ligados à Apeoesp (Sindicato dos professores do Estado de São Paulo), o grupo realizou uma assembleia no vão-livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto), do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) apoiaram a manifestação. Após a assembleia, os professores marcharam até a sede da Secretaria do Estada da Educação, na praça da República, região central da cidade.
O ato foi encerrado por volta das 18h, em frente à secretaria. Segundo os organizadores, 8 mil pessoas participam do protesto. Já a Polícia Militar contabilizou 500 manifestantes.
O sindicato também se manifesta contra o corte do bônus de todos os professores de escolas ocupadas por estudantes, onde não houve prova do Saresp (exame estadual de avaliação do ensino) neste ano. O corte foi anunciado pelo secretário Herman Voorwald (Educação), durante entrevista à Rede Globo na última quarta (25).
Manifestantes ergueram um boneco inflável representando Voorwald e outro representando Alckmin. "Se tem uma coisa que é incontestável é o tiro no pé que foram essa reorganização e o fechamento de escolas", diz Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato. Ela diz esperar que a ocupação se espalhe para até 500 escolas do Estado.
Em assembleia, o sindicato votou fazer uma passeata até a praça da República, onde fica a Secretaria de Estado da Educação.
Alunos da escola estadual Professor Doutor Lauro Pereira Travassos (zona sul) se juntaram aos manifestantes no vão do Masp e fizeram apresentação folclórica com um grupo chamado Cavalo Noia, "celebração de várias culturas, do samba ao maracatu", segundo a estudante Yanca Alves, 18. O colégio, diz a aluna, não foi ocupado, mas estudantes apoiam outras ocupações.