Ciclovia da Paulista sofre novo ato de vandalismo em 12 dias

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 10/07/2015

DHIEGO MAIA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ciclovia da Avenida Paulista, inaugurada pela Gestão Haddad (PT) há menos de duas semanas, foi alvo de um segundo ato de vandalismo.
Horas antes de sua liberação, no dia 28 de junho, um ponto da ciclovia foi manchado com tinta azul.
Desta vez, uma barra de ferro de um gradil, que serve de apoio para os pés de ciclistas que percorrem a via, foi arrancada.
A depredação ocorreu no cruzamento entre a avenida Paulista e rua Augusta e foi percebida por ciclistas que passavam pelo local na manhã desta sexta-feira (10).
No local, a reportagem encontrou sinais de que a estrutura foi serrada e, depois, arrancada com força. Todo o gradil ficou entortado.
Os ciclistas que utilizam o espaço ficaram revoltados com a situação.
"Já é normal isso. Infelizmente, é uma coisa muita pouca para o que estamos vendo no Brasil", afirma o estudante Rafael Seluque, 15.
"Eu fico triste porque a ciclovia acabou de ser inaugurada e, em vez de ser preservada, ela é vandalizada", diz a administradora Renata Cohen, 43.
"Toda vez que eu vejo uma cena como essa é como ver o meu dinheiro indo embora, sendo desperdiçado", reclama o professor de matemática, Márcio de Farias, 42.
O conjunto de gradis de ferro, erguidos nos cruzamentos ao longo dos 2,7 km da ciclovia, cumprem uma tripla função: dão segurança, delimitam a faixa onde os ciclistas podem circular e servem de apoio e descanso.
Apesar de a estrutura ter agradado os ciclistas, há quem reclame de sua eficácia.
"Ele não dá essa segurança toda ao ciclista porque é muito frágil. Ele não tem força de impedir que um carro desgovernado invada a ciclovia", afirma a estilista Nathaly Adamo, 32.
OUTRO LADO
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou, por meio da assessoria de imprensa, que já havia feito a troca do gradil danificado na manhã desta sexta.
Mas a reportagem esteve no local e, até as 12h30, nenhum conserto havia sido realizado.
Em nota, a CET disse ainda que fará a substituição da estrutura porque não conseguiu identificar o suspeito do ato criminoso.
O órgão ressaltou que oficiais da Guarda Civil e da Polícia Militar fazem patrulhas frequentes no local.