Ataques aéreos do regime sírio deixam ao menos 71 civis mortos em Aleppo

Autor: Da Redação,
sábado, 30/05/2015

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo menos de 71 civis morreram neste sábado (30) e dezenas ficaram feridos após dois ataques aéreos do regime sírio com barris de explosivos na cidade de Aleppo, no norte da Síria, informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"O balanço de vítimas dos ataques com barris de explosivos subiu a 71 civis mortos, 59 deles na localidade de Al Bab e 12 na cidade de Aleppo", informou o OSDH, que havia relatado anteriormente a morte de 45 pessoas.
Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, declarou que 12 pessoas morreram no bairro de Al Shaar, no leste de Aleppo, em poder dos rebeldes sírios. Oito das vítimas pertenciam à mesma família.
Os corpos das vítimas jaziam nas ruas de Al Shaar cobertos por cobertores ensanguentados. Um grupo de voluntários civis tentava retirar os escombros com uma pá mecânica.
Shahud Hussein, presente no momento do impacto das bombas, disse que elas eram tão potentes que é provável que os edifícios do bairro desabem.
Na região de Al Bab, dois helicópteros atacaram um mercado popular em um momento de grande movimento e deixaram ao menos 59 mortos.
Al Bab está localizado 40 quilômetros a nordeste de Aleppo e é controlado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
As organizações de defesa dos direitos humanos criticam regularmente a utilização destes barris repletos de explosivos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, porque se trata de uma arma particularmente destrutiva que mata às cegas.
As forças do regime começaram a utilizar essas bombas de barril em 2013 contra os setores rebeldes de Aleppo, a segunda cidade do país controlada em parte pelos insurgentes.
No total, as autoridades efetuaram 12.560 bombardeios desde o início de 2015, 6.686 com helicópteros que lançam barris de explosivos, e 5.874 com aviões.
Desde março de 2011, a Síria vive uma guerra civil, que já deixou mais de 220 mil mortos, segundo a ONU.