​Soldado que matou adolescente durante perseguição  no PR não vai a júri popular

Autor: Da Redação,
sábado, 30/05/2015
Alguns policiais alegaram que houve uma troca de tiros, contudo testemunhas cravaram que os policiais teriam disparado antes - Foto: Divulgação

O soldado Márcio Augusto Cardoso de Paula, que matou a adolescente Bárbara Alves, de 16 anos, durante uma perseguição a assaltantes no bairro Santa Cândida, em Curitiba, não vai a júri popular. A decisão foi divulgada na tarde desta sexta-feira (29). De acordo com a decisão, o policial militar não teve a intenção de cometer o crime, então ele irá responder por homicídio culposo diante da Justiça Militar.

De acordo com o advogado de defesa do soldado, Gustavo Hassumi, toda a instrução processual já aconteceu e, diante do depoimento das testemunhas, a Justiça entendeu que ele não agiu com dolo. “Como o crime é culposo e ele agiu como militar, teremos uma nova instrução para decidir se ele é culpado ou não pelo homicídio. Agora não há possibilidade de prisão”, explicou.

Segundo Hassumi, o soldado recebeu a informação com alegria, já que a situação é um pouco melhor na questão judiciária. “Claro que não ficou bem porque uma inocente morreu na situação. Ele tirou licença psicológica, retornou ao trabalho e cumpre atividades na área administrativa, onde já atuava na situação”, disse.

O caso

Bárbara Alves saía da escola quando, segundo testemunhas, acabou atingida por um disparo logo após o assalto a um restaurante do bairro Santa Cândida, por volta das 12h. A vítima foi baleada nas costas em uma suposta troca de tiros entre policiais militares e assaltantes de um restaurante em 1° de outubro do ano passado.

Três policiais almoçavam no local quando escutaram o grito do caixa do estabelecimento, que pedia ajuda. Alguns policiais alegaram que houve uma troca de tiros, contudo testemunhas cravaram que os policiais teriam disparado antes de uma ação dos assaltantes.