Enem 2015 terá projeto piloto para testar versão digital da prova

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 18/05/2015

FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério da Educação quer convidar estudantes que ainda não concluíram o ensino médio a fazer o Enem 2015 em formato digital. A ideia é testar o novo modelo entre os chamados treineiros, e analisar questões como logística e funcionamento dos computadores durante a aplicação do teste.
A previsão consta no edital do Enem 2015, divulgado nesta segunda-feira (18) no "Diário Oficial da União". "O Inep poderá convidar participantes inscritos (...) para aplicação do Enem digital", diz trecho do documento.
A proposta de um teste online, com mais de uma edição por ano, foi defendida pelo então ministro da Educação Cid Gomes, que deixou o cargo após uma conturbada sessão na Câmara dos Deputados. Seu sucessor na pasta, Renato Janine, já afirmou que inicialmente o modelo pode ser adotado entre os estudantes com menos de 18 anos que ainda não concluíram a educação básica.
Segundo o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, a prova deve ser aplicada em salas seguras de universidades federais - os ambientes hoje são utilizados para elaboração dos itens do próprio Enem. "Vamos olhar a rede de instituições públicas e aquelas com condições de atender [os alunos] vão ser testadas", afirmou.
Para adotar o modelo digital em larga escala, no entanto, é preciso reforçar o banco de questões do exame e garantir estrutura para atender todos os candidatos. No ano passado, foram 8,7 milhões de inscritos. A pasta ainda não definiu quantos treineiros serão convidados - a intenção é aguardar o número de inscritos no Enem 2015. Em 2014, 1,4 milhão de participantes iriam concluir o ensino médio após a realização da prova.
O edital deste ano prevê ainda que o resultado do rendimento desses alunos será divulgado dois meses depois da data definida para os demais candidatos. O mecanismo é uma forma de indicar a prioridade do exame - o acesso ao ensino superior de quem já concluiu o ensino médio - e diminuir casos de judicialização de quem ainda não concluiu a etapa e deseja ingressar na graduação.