Médicos da PM vão ajudar a combater dengue em São Paulo

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 25/03/2015

THAIS BILENKY
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (25) que mobilizou 30 médicos da Polícia Militar para ajudar no combate à dengue no Estado. Também foram contratados 500 novos agentes com o objetivo de ajudar os municípios no controle do vetor da doença, somando-se aos 500 já atuantes.
As medidas têm validade de três meses "renováveis a partir das necessidades comprovadas em campo", segundo o secretário da Saúde, David Uip. O plano de emergência terá custo de R$ 6 milhões.
Marcos Boulos, titular da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, disse que a "precocidade dos casos" de dengue "surpreendeu" o governo. "A epidemia de dengue está quase parecendo quebrar todos os recordes", afirmou.
Uip disse que pelo menos metade das mortes no Estado eram pacientes com mais de 60 anos de idade.
De janeiro até a última sexta-feira (20), foram registrados 80.283 casos e 70 mortes pela doença no Estado. Em todo o ano passado, foram 197 mil casos e 90 mortes.
De acordo com a secretaria, mais de cem municípios têm epidemia de dengue, que ocorre quando há mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes. A capital paulista não tem epidemia.
Uip disse que o governo do Estado tentou alertas os municípios no segundo semestre de 2014, já que cabe às prefeituras o controle do vetor e o atendimento aos pacientes.
O secretário disse que "cabia aos municípios ter a resposta e infelizmente não foi possível". "Mas não estou aqui para culpar município e sim parar coordenar e ajudar. Essas medidas são um 'a mais'."
A secretaria estadual fechou parceria com empresas privadas e Sebrae para ampliar os postos de informação à população, com cartazes e informativos em pedágios, lojas e empreendimentos.
De acordo com a secretaria, a OMS (Organização Mundial da Saúde) endossou seu pedido de antecipação da terceira fase de testes da vacina.
A pasta solicitará à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização imediata para o início da nova fase, que determinará se a medicação é eficaz ou não.
A expectativa de Uip é que a vacina, se tiver efetividade e segurança comprovadas, seja aplicada em 2016. Se o pedido for negado, o processo poderá tomar mais cinco anos.