Alemanha, Itália e Arábia Saudita fecham suas embaixadas no Iêmen

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 13/02/2015

SÃO PAULO, SP - Os governos da Alemanha, da Itália e da Arábia Saudita anunciaram o fechamento de suas embaixadas no Iêmen, nesta sexta (13), devido à crise provocada pela tomada do poder pela milícia xiita houthi.
Na quarta (11), Estados Unidos, Reino Unido e França também retiraram seu corpo diplomático do país.
O Iêmen vive uma onda de insegurança desde que o presidente Abdo Rabu Mansur Hadi e o premiê Jaled Bahah renunciaram, no dia 22 de janeiro, devido aos conflitos com a milícia. O presidente e seus ministros foram colocados em prisão domiciliar pelos rebeldes.
Na sexta (6), os combatentes houthis dissolveram o Parlamento e criaram um conselho presidencial para "preencher o vazio de poder".
A ação fez com que membros sunitas da Al Qaeda no Iêmen, um dos braços mais ativos do grupo terrorista, também pegassem em armas e realizassem ataques pelo país.
Segundo um porta-voz do governo alemão, a missão no país foi encerrada na quinta (12) e, na sexta (13), todos os funcionários diplomáticos deveriam deixar o Iêmen. "Existe uma situação muito perigosa e inaceitável para nós", disse.
O representante da Unicef no Iêmen, Julien Harneis, disse que uma crise econômica ronda o país. "O Iêmen recebe muita ajuda financeira de países da região. Estamos muito preocupados que a mudança política e a crise afetarão essas transferências." A Arábia Saudita fazia parte desse grupo, mas deixou de ajudar o Iêmen financeiramente desde a tomada de Sanaa pelos houthis, em setembro do ano passado.
Na quinta (12), o secretário-geral da ONU disse que o Iêmen estava entrando em colapso e que caminhava para uma guerra civil. As Nações Unidas estão mediando uma negociação no país.
Os houthis são membros da seita xiita Zaydi, que compõe aproximadamente 30% da população do Iêmen.