Monte Roraima enche de turistas e impacto ambiental preocupa

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 05/02/2015
Turistas japoneses se abrigam da chuva em uma formação rochosa no Monte Roraima (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Antes impenetrável para qualquer um que não os indígenas Pemon, o Monte Roraima, situado na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, tem atraído cada vez mais aventureiros modernos.

De topo plano e envolta por misticismo, a montanha de 2,8 mil metros de altura deixou exploradores do século 19 perplexos. Hoje, recebe vários milhares de escaladores por ano que vão em busca do trekking de três dias que passa pela savana, rios, debaixo de uma cachoeira e por um caminho estreito escalando os penhascos do monte.

Entre 3 mil e 4 mil pessoas escalam a montanha todo ano, enquanto alguns anos atrás eram centenas. Isso gera filas nos períodos de pico, perto do Natal e da Páscoa.
Helicópteros levam os turistas mais abastados, especialmente do Japão, até o topo. “É um destino exótico e distante, então é ao mesmo tempo muito caro e muito atrativo”, diz o diplomata aposentado japonês Edo Muneo, de 68 anos, que teve que passar por um teste físico junto com outros compatriotas antes de deixar o Japão em direção a Roraima.