Começa julgamento de ex-diretor do FMI

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 02/02/2015

SÃO PAULO, SP - Quase quatro anos após o escândalo sexual que arruinou sua carreira política, Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, começou a ser julgado nesta segunda (2) na França pelo crime de caftinagem. 

Strauss-Kahn (ou DSK, sigla pela qual é conhecido na França), 65, é acusado de ser o principal beneficiário e promovedor de festas libertinas na França e nos Estados Unidos. É possível que ele pegue até dez anos na prisão, caso seja condenado, e tenha que pagar uma multa de 1,7 milhão de euros. 

Em maio de 2011, DSK foi detido nos EUA sob acusação de estupro de uma camareira do hotel Sofitel, em Nova York. Ele ficou quatro dias preso, período no qual renunciou ao seu cargo no FMI. 

Até então, ele era o favorito nas pesquisas de opinião para a eleição presidencial francesa que ocorreria em 2012. 

As acusações criminais contra DSK foram abandonadas em agosto de 2011 devido a dúvidas sobre a credibilidade da vítima. Mais tarde, as duas partes assinaram um acordo financeiro secreto, finalizando o processo civil. DSK alegava que a relação com a camareira havia sido consensual. 


CASO CARLTON 

No processo pela qual responde em Lille, DSK é acusado junto a outras 13 pessoas -entre empresários, um advogado, um policial e um caftino conhecido como Dodo la Saumure- de promover festas com prostitutas no hotel Carlton em Lille e em Paris e Washington. 

Na França, não é ilegal pagar por sexo, mas é proibido solicitar ou agenciar prostitutas. 

Detalhes do caso devem vir à tona nas próximas três semanas, tempo que provavelmente durará o julgamento. A Justiça recusou um pedido para que as audiências fossem realizadas a portas fechadas. 

A defesa de DSK alega que, embora o ex-diretor do FMI fosse adepto dessas festas, ele não sabia que as mulheres presentes eram prostitutas. Ele deve testemunhar na próxima semana.