Prédio em obras desaba no centro do Rio sem deixar vítimas

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 02/02/2015

Um imóvel de quatro pavimentos onde funcionava um bar na parte térrea, na Travessa do Liceu, esquina com Rua do Acre, na zona portuária, no centro do Rio, desabou na madrugada de hoje (2). Segundo comerciantes próximos ao local, o prédio passava por obras. Os bombeiros foram acionados, mas, como o imóvel estava vazio, não houve vítimas. apenas a fachada do prédio não caiu.

Equipes da prefeitura trabalham no local para remover escombros. A área foi interditada pela Defesa Civil. Parte da fachada, que ainda apresentava risco, foi retirada pela Coordenadoria de Operações Especiais da Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva). Como restos do prédio caíram sobre imóveis vizinhos, uma nova vistoria está sendo feita por engenheiros da Defesa Civil para avaliar os danos estruturais nas construções próximas.

O vendedor de frutas Gilberto José de Barros, que tem uma barraca em frente ao prédio que desabou, contou que chovia muito no momento do desabamento. Segundo ele, o prédio passava por obras de reparo.

"Abri a barraca à meia noite, quando o prédio desabou na minha frente. Desabou mesmo. Acabou com o bar do homem. Consegui me esconder atrás da barraca. Mesmo assim, fiquei todo sujo de poeira. Se estou na calçada de lá, seria atingido pelas pedras. Nunca vi uma coisa dessas em minha vida", contou Barros.

Proprietário do imóvel, Casemiro Seixas negou que o estivesse em obras. Acrescentou que o local estava vazio e ele só soube do desabamento quando chegou, às 5h da manhã. "Não tinha nada de obra. Estava tudo vazio na parte de cima. Não fiz nenhuma reforma. A única coisa que fizemos foi trocar o telhado, mas isso foi há seis meses. Acredito que a causa tenha sido a obra do Porto Maravilha. Aqui tremia tudo".

De acordo com o subsecretário de Defesa Civil Municipal, Márcio Motta, moradores da região e o proprietário da academia ao lado disseram que havia obra no local e provavelmente não era autorizada ou legalizada pela prefeitura. Márcio Motta salientou que as obras não tinham responsável técnico.