SÃO PAULO, SP - O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, centro de referência para o tratamento de doenças infectocontagiosas, entre elas a Aids, vai passar pela maior reforma e ampliação da história do hospital a partir de segunda, 26.
Serão dois novos edifícios, reformas gerais para conserto de vazamentos e revisão da parte elétrica, obras para reutilização da água da chuva, construção de poços artesianos, placas de aquecimento solar, 80 novos leitos e 30 unidades de terapia intensiva (UTI).
O custo total será de R$ 140 milhões e as reformas devem ser finalizadas até o início de 2018.
Com isso, o atendimento do hospital vai ficar comprometido e a orientação é que a população procure os Centros de Referência em DST/Aids ou um pronto-socorro.
O Hospital Heliópolis e o Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, na zona sul, também receberão pacientes encaminhados pelo instituto.
O Emílio Ribas, entretanto, vai continuar a atender casos mais complexos.
As obras, segundo o hospital, são uma resposta ao aumento da demanda e do envelhecimento de seus pacientes. Dos sete mil soropositivos acompanhados pelo instituto, metade está acima de 50 anos e demanda cuidados crônicos -e, com isso, mais leitos.
"Os pacientes estão vivendo mais e temos observado uma série de manifestações clínicas que não víamos no passado", afirma Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor do Emílio Ribas.
O diretor explica que há mais casos de diabetes tipo 2, problemas cardíacos e AVC (acidente vascular cerebral) dentre os pacientes acompanhados pelo instituto.
Os indivíduos soropositivos, explica Pereira Júnior, mesmo os que controlam bem a doença, têm uma atividade imunológica elevada porque o corpo sempre vai lutar contra o vírus.
"Então, esse indivíduo está sempre inflamado, e vai ter as doenças mais comuns do envelhecimento mais cedo", afirma o diretor. "O instituto está se preparando para essa demanda crescente."
Além da reforma, o instituto abrirá em fevereiro edital para a contratação de mais médicos nas áreas de neurologia, endocrinologia e dermatologia.
Outra medida para atender a demanda é a construção de salas especiais de cirurgia, capazes de se comunicar entre si, o que permitirá a realização de transplantes de doadores vivos no hospital.
REDE HORA CERTA
Nesta sexta, 23, a prefeitura de São Paulo, inaugurou primeira etapa da unidade da Rede Hora Certa em São Miguel Paulista. O projeto, vitrine da gestão Haddad na saúde, promete atendimento na hora certa e encaminhamento agilizado para especialidades.
De início, a rede contará com 10 especialidades médicas, centro oftalmológico, realização de pequenas cirurgias e oferta de 15 exames de apoio diagnóstico.
Até o final da gestão, o prefeito promete 32 unidades da Rede Hora Certa. Até agora, sete fixas e quatro móveis foram concluídas.