O bairro Cajuru, em Curitiba, virou uma ‘Faixa de Gaza’, região do Oriente Médio marcada pelo confronto armado entre judeus e muçulmanos, no fim madrugada desta terça-feira (20). Uma intensa troca de tiros entre a Gangue da Dinamite e a Polícia Militar (PM) assustou moradores, deixou marcas em imóveis da região e um homem ferido.
Tudo começou por volta das 6h quando os bandidos chegaram até a administração regional da Prefeitura de Curitiba na Rua Roraima, esquina com a Luiz França e a Miguel Caluf. Com fuzis e calibres 12, guardas municipais foram rendidos por dois homens, enquanto os outros subiram até o segundo andar onde estavam dois caixas eletrônicos do banco Santander.
A explosão ainda acontecia no momento em que policiais do 20° Batalhão viram a ação e pararam do lado da administração regional. Os marginais perceberam, encheram os sacos com dinheiro e saíram atirando contra os dois policiais, que imediatamente precisaram achar abrigo atrás da viatura.
“Os policiais revidaram e tentaram fazer o que era possível, mas podemos dizer que nasceram de novo, porque foram muitos tiros de armas de grosso calibre. São bandidos perigosos e nós estamos tentando ao máximo acabar com isso”, disse à Banda B o delegado Rubens Recalcatti, da Polícia Civil, que irá investigar o caso.
Na situação, um morador na Rua Miguel Caluf foi atingido por um tiro de fuzil disparado pelos membros da Gangue da Dinamite. “O tiro bateu no ombro e ele não corre risco de morte. Saiu na varanda do sobrado após ouvir o barulho e acabou sendo vítima do tiroteio”, falou Recalcatti.
Um morador na região disse que nunca na vida tinha visto nada parecido. “Barulho de explosão e depois muitos tiros. A viatura está destruída e várias casas foram atingidas. Parece que a cidade está dominada e quem manda não são mais os órgãos de Segurança Pública”, resumiu.
Até o fechamento desta reportagem nenhum suspeito foi preso. Eles conseguiram fugir com o dinheiro dos caixas eletrônicos.
APUCARANA/MUNHOZ DE MELO - Na madrugada desta terça-feira (20) a "quadrilha da dinamite" também em caixas eletrônicos de agências de instituições fimanceiras em Apucarana e Munhoz de Melo. O montante levado pelos criminosos após explosões de caixas eletrônicos não foi divulgado.
Fonte: bandab (Luiz Henrique de Oliveira e Danaê Bubalo)
