​Paris: foi como se matassem Angeli, Laerte, Adão e Jaguar

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 07/01/2015
Quatro cartunistas morreram no atentado terrorista nesta quarta-feira Foto: Twitter

O trio de terroristas que invadiu o semanário Charlie Hebdo matou alguns dos mais proeminentes e provocativos cartunistas da história recente da França. Para quem gosta de quadrinhos, a importância deles na cultura francesa equivale à de Angeli, Laerte e Glauco [morto em 2010], fundadores da mítica revista “Chiclete com Banana” nos anos 1980. As informações são do Terra.

Entre as doze vítimas já confirmadas do atentado de Paris, quatro eram os cérebros e as mãos da Charlie Hebdo: o diretor de redação Stéphane Charbonnier, o Charb, Jean Cabut, o Cabu, Georges Wolinski e Bernard Verlhac, o Tignous. A sede da publicação era protegida por dois policiais, que foram mortos pelos terroristas hoje, desde que passou a receber ameaças por ter publicado charges do profeta Maomé, consideradas ofensivas ao Islã.

O crime foi cometido no momento em que os cartunistas estavam na redação para a reunião semanal de pauta. Um dos terroristas teria gritado: “Nós vingamos o profeta, nós matamos Charlie Hebdo”.

"Qualquer que seja a razão disso, é intolerável", disse a francesa Isabelle Carrer, em frente ao prédio da revista Foto: Ana Manfrinatto / Especial para Terra O atentado terrorista, o pior registrado na França nos últimos cinquenta anos, provocou ondas de choque e consternação. O fato de terem atacado uma redação foi considerado um ataque à própria liberdade de expressão do país, segundo reconheceu o presidente François Hollande, logo após deixar a sede da publicação hoje de manhã.