Governo cria grupo para investigar ataques a ônibus

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 05/11/2014
Imagem ilustrativa

SÃO PAULO, SP - Após uma paralisação de motoristas e cobradores fechar todos os terminais de ônibus de São Paulo, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que criará uma comissão para coibir os ataques a ônibus --que motivaram o protesto da categoria nesta quarta (5).

Segundo a pasta, o grupo será formado por representantes dos sindicatos dos trabalhadores e empresários, além das polícias Civil e Militar. A SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) também serão convidadas a participar.

"Todos podem contribuir, à medida que a informação é fundamental para auxiliar na investigação", afirma o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. A portaria deve ser publicada no Diário Oficial do Estado até sexta-feira (7).

Segundo a secretaria, uma nova política de segurança foi implantada há duas semanas para evitar os ataques a ônibus. A pasta diz que a polícia descobriu que parte dos ataques "ocorre em função de mortes decorrentes de ações policiais legítimas. Com base nessas informações, foi planejado um reforço tanto na prevenção como na investigação dos casos", diz nota enviada pela secretaria.

A secretaria diz que a PM tem atuado na prevenção, com operações nas áreas onde ocorrem mortes decorrentes de confrontos.


QUADRILHA É PRESA

A atuação das polícias no combate aos ataques a coletivos já resultou na prisão de 54 criminosos dos 134 identificados neste ano. Entre os presos está Lucas Mateus da Silva, 18 anos, responsável pela morte do motorista John Carlos Soares Brandão, 40. Ele morreu no final do mês passado após sofrer queimaduras durante um ataque a ônibus.

Foram presos também Juan Diego Garcia, 19 anos, Marcos Vinícius Oliveira da Silva, 22 anos, Danilo Gomes Brigadeiro, de 19 anos. Os quatro vão responder por associação criminosa, homicídio qualificado, incêndio qualificado, furto, constrangimento ilegal e corrupção de menores, nos dois inquéritos em andamento no 46º Distrito Policial.

Os advogados dos suspeitos não foram localizados pela reportagem.