Argentina condena 15 à prisão perpétua por crimes na ditadura

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 24/10/2014

SÃO PAULO, SP - A Argentina condenou quinze pessoas, entre elas militares aposentados e civis, à prisão perpétua por crimes cometidos na última ditadura militar no país, de 1976 a 1983. Entre os condenados, estão o ex-chefe da polícia da província de Buenos Aires, Miguel Etchecoltz, que já havia recebido a mesma sentença em outro julgamento.
Os crimes ocorreram em um centro de detenção ilegal, o La Cacha, onde houve torturas e o assassinato de 135 pessoas, entre eles sindicalistas e estudantes. Uma das vítimas foi Laura Carlotto, a filha de Estela de Carlotto, líder das Avós da Praça de Maio. O local ficava nos arredores da cidade de La Plata, a 60 km de Buenos Aires.
Carlotto estava presente no momento da sentença, junto a um grande público que aplaudiu a decisão.
Desde que a Argentina anulou as leis de anistia para a ditadura, há dez anos, 547 militares e ex-policiais foram condenados pela Justiça.
Cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura argentina.