Casais homossexuais recorrem a novas técnicas de reprodução humana

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 24/10/2014
Casais homossexuais recorrem a novas técnicas de reprodução humana - Foto: hypescience.com/imagem ilustrativa

A luta contra o preconceito e a discriminação ainda está bem longe de ser vencida. No entanto, cada vez mais os casais homossexuais estão rompendo barreiras, inclusive com direito de vivenciar uma união estável, com a proteção da lei. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) também aprovou uma resolução que garante aos casais homossexuais o direito de recorrer à reprodução assistida para ter filhos.

Para Renato de Oliveira, ginecologista especialista em reprodução humana da Criogênesis, a decisão do CFM baseia-se na mudança cultural do brasileiro. “No Brasil, esse processo é mais recente, mas, em outros países, já é comum casais homoafetivos recorrerem às técnicas de reprodução”, afirma. Ainda de acordo com o especialista, os progressos na área da reprodução tem acompanhado a evolução da sociedade. “É de extrema importância destacar que a mudança na resolução não teria avançado tanto se não existisse também a revolução dos padrões de família. Independente da qualidade ou do estado civil de suas uniões, qualquer um pode realizar o sonho de ter um filho”, ressalta o especialista.


PROCEDIMENTOS 
Em relação ao procedimento adotado na concepção de bebês, há diferenças entre casais de homens e casais de mulheres. No caso de casais femininos, uma das principais decisões diz respeito à escolha de qual delas levará a gestação à frente. “É importante destacar que, antes do procedimento, é necessário realizar exames de rotina e investigação para infertilidade a fim de analisar o sistema reprodutor da mulher. Um importante fator que pode contribuir na escolha de quem levará a gestação é a idade.

De acordo com a resolução, mulheres com até 35 anos podem implantar até dois embriões; de 36 a 39 anos, até três; e acima dos 40 anos, quatro, embora haja uma tendência em evitar a colocação de mais de dois embriões, caso sejam de boa qualidade, a fim de evitar as complicações de uma gestação múltipla”, explica o ginecologista. “Após esses processos, espermatozoides são disponibilizados por um banco de sêmen de doadores anônimos para que o embrião seja implantado no útero de uma das parceiras”, explica.

Para os casais masculinos, o óvulo deve ser requerido no banco de doadoras e fertilizado com o material genético de um deles. “É feito um acordo entre o casal sobre quem doará o sêmen. A partir disto, busca-se uma doadora de óvulos anônima e o útero de substituição precisa ser de familiar até o quarto grau de parentesco. Na falta de parentes, é imprescindível encaminhar o caso ao CFM, explicando a situação e pedindo autorização para que outra pessoa, que não seja parente, possa “participar” do processo. "Nestes casos, uma amiga poderia ser uma alternativa”, esclarece o médico.

Fonte: www.criogenesis.com.br