Tarifa do metrô não deve subir em 2015, diz secretário

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 18/09/2014

SÃO PAULO, SP - O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, sinalizou nesta quinta-feira (18) que a tarifa do metrô e da CPTM não deve ter reajuste no ano que vem.
"Provavelmente não", respondeu, ao ser questionado se haveria aumento em 2015. A tarifa está congelada em R$ 3 desde fevereiro de 2012.
A passagem dos ônibus municipais de São Paulo também está no mesmo valor desde janeiro de 2011.
Governo e prefeitura chegaram a reajustar as tarifas para R$ 3,20 em junho do ano passado, mas o aumento foi revogado em menos de 20 dias, em resposta aos protestos.
Questionado sobre o assunto, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a administração está fazendo um estudo sobre o aumento da tarifa em conjunto com o Estado e que aguardava dados do Metrô para tomar uma decisão.
A informação, no entanto, foi desmentida por Fernandes. "Não há nada feito neste sentido no Metrô", disse.
O próprio secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, também negou haver qualquer estudo conjunto e disse que o aumento não está em discussão por enquanto.
"Nós não estamos conversando nem internamente na Secretaria de Transportes e nem com a Secretaria de Transportes Metropolitanos", afirmou.
INFLAÇÃO
Estado e prefeitura decidiram adiar o reajuste da tarifa, inicialmente previsto para janeiro de 2013, após pedido do governo federal. A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) queria reduzir o impacto do aumento nos índices de inflação do começo do ano.
Desde o último aumento do metrô, a inflação acumulada pelo IPCA é de 15,9% - o que faria a tarifa custar R$ 3,50.
Desde então o Metrô vem registrando prejuízo e o presidente da empresa, Luiz Carvalho Pacheco, diz que estuda com o governo uma nova forma de remuneração.
O IPCA acumulado desde o aumento dos ônibus é de 24,2% - o que faria a tarifa custar R$ 3,70. Com o congelamento, o subsídio da prefeitura ao sistema vem batendo recordes e deve chegar neste ano a R$ 1,7 bilhão.