Ataques a hospital e campo de refugiados deixam 12 mortos em Gaza

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 28/07/2014
Faixa de Gaza, Força de Defesa de Israel na Faixa de Gaza.

SÃO PAULO, SP - Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas nesta segunda-feira (28) em ataques a um hospital na cidade de Gaza e a um campo de refugiados no norte do território palestino.

A administração local de Gaza afirma que as duas áreas foram alvo de bombardeios do Exército de Israel, enquanto os militares do Estado judaico declaram que as mortes foram provocadas por ataques fracassados do Hamas.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qedra, os bombardeios atingiram simultaneamente um parque no campo de refugiados de Al-Shatti e anexos do hospital Shifa, o maior da cidade de Gaza.

Testemunhas dizem que um míssil disparado de um drone caiu no primeiro local, provocando a morte de sete crianças que brincavam no local. O projétil também atingiu um carro, matando seus dois ocupantes.

Ao mesmo tempo, outro foguete atingiu anexos do hospital Shifa, deixando três mortos. Médicos afirmam que o alvo era um prédio próximo à entrada da unidade de saúde, que já havia sido atingida na última sexta-feira (25).

Minutos após a explosão, o Exército de Israel acusou, em comunicado, "terroristas de Gaza" de serem os responsáveis pelas duas ações. Segundo os militares, os dois locais foram atingidos por lançamentos frustrados de foguetes do Hamas.

No entanto, reconhecem que atacaram várias posições no norte e no leste da faixa de Gaza, em resposta ao disparo de 12 foguetes do território palestino. Um deles atingiu o conselho da cidade israelense de Eshkol, deixando oito feridos.

Os ataques acontecem após expirar o cessar-fogo de 24 horas que esteve em vigor no domingo (27). Desde que a operação militar começou, no dia 8, 32 israelenses e mais de mil palestinos morreram.

ISRAEL

Nesta segunda, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que o pedido de trégua feito pelo Conselho de Segurança da ONU não responde às "exigências de segurança de Israel", que incluem a desmilitarização de Gaza.

"A declaração do Conselho de Segurança não menciona os ataques contra a população civil israelense e o fato de o Hamas usar os moradores de Gaza como escudos humanos ou de as instalações da ONU serem usadas para atacar israelenses".

Ele acusou o Hamas de violar as três propostas de cessar-fogo e que pretende continuar a ação. "Israel vai continuar a lidar com os túneis terroristas e este é apenas o primeiro passo para a desmilitarização de Gaza".